O eurodeputado Paulo Casaca considera «um absurdo total» que os socialistas europeus sejam unânimes no apoio à reeleição de Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia.
«Eu, como socialista, tenho de estar contra. Não consigo entender como José Sócrates e todos os socialistas europeus estão de acordo», criticou, em entrevista exclusiva ao tvi24.pt.
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A propósito da sua visão acerca da invasão do Iraque, Paulo Casaca recordou o facto de ter sido Durão Barroso, primeiro-ministro na altura, a decidir que Portugal faria parte da coligação encabeçada pelos EUA.
«Felizmente os iraquianos nem sabem que Portugal fazia parte da coligação, mas Portugal tem de responder de alguma maneira. No entanto, eu falei com Durão Barroso e ele garantiu-me que estava convencidíssimo com existiam armas de destruição maciça e que Sadam Hussein estava ligado à Al-Qaeda», disse.
O «desacordo total» do eurodeputado vai mais longe: «A Comissão Europeia devia ser decidida por eleições. Aliás, as eleições para o Parlamento Europeu deveriam ter como principal objectivo a eleição da Comissão Europeia.»
Acerca da escolha para cabeça-de-lista do PS nas europeias, Paulo Casaca elaborou os prós e os contras da sua nomeação: « Acho que Vital Moreira tem perfil, satisfaz-me o seu carácter heterodoxo no Tratado de Lisboa, ele foi mesmo dos mais críticos. No entanto, acho que será necessária alguma pedagogia para lhe explicar a realidade das regiões ultra-periféricas.»
O socialista, que terminará o seu mandato depois das eleições europeias e que será posteriormente candidato à Câmara de Ponta Delgada, referiu ainda que «o Tratado de Lisboa é um dos grandes problemas da Europa», mas que não será essa a solução para «os problemas da Europa», até porque «necessita de milhares de alterações».
«Durão Barroso acreditou nas armas de destruição maciça»
- Catarina Pereira
- 2 abr 2009, 11:25
Paulo Casaca não está satisfeito com eventual reeleição na Comissão Europeia
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