CDS: campanha com bombos, beijinhos e apupos - TVI

CDS: campanha com bombos, beijinhos e apupos

Arruada no Porto

A reforma dos antigos combatentes e rendimento social de inserção foram os temas mais falados

Foi entre beijinhos, apupos e bombos que decorreu a arruada do CDS no Porto. Lado a lado, Portas e o cabeça de lista para as Legislativas pelo Porto, Ribeiro e Castro, faziam questão de mostrar que as diferenças entre o actual líder e o anterior parecem definitivamente esquecidas.

«Um partido faz-se somando e incluindo. Acho que o CDS deu um bom sinal quando soube fazer listas que têm pluralidade. Não é como o PSD e o PSD que deixaram de fora algumas pessoas», disse Portas. E Ribeiro e Castro parece também ter esquecido o passado, garantindo que o que está em causa agora «é o combate a Sócrates».

Marcada para a hora de almoço, na rua da cidade mais percorrida pelos políticos em altura de campanha, a arruada começou animada. Beijinho para aqui, beijinho para ali. «Gosto muito de si», diziam várias pessoas a Paulo Portas.

O temas da reforma dos antigos combatentes e a posição do partido sobre o rendimento social de inserção foram os que valeram mais elogios a Paulo Portas. Mas este último também lhe valeu alguns apupos.



Portas desvaloriza as críticas e diz que são normais em democracia. «Deve haver liberdade para as pessoas expressarem aquilo que pensam», diz Portas.

O líder do CDS mostrou-se sensibilizado com a forma como algumas pessoas expressavam emoção ao falar com ele. Foram várias as pessoas que se aproximaram de Portas para agradecer a pensão que o marido, ex-combatente recebeu, ou para dar força para combater a criminalidade e acabar com os «rendimentos mínimos para os que não querem fazer nada».

Uma senhora dirigiu-se a Portas mostrando-lhe as fotografias que o filho tinha tirado quando foi condecorado pelo então ministro da Defesa na Guiné.

O ruído dos bombos e o agitar das bandeiras por parte dos jovens presentes não deixou ninguém indiferente. Muitos quiserem ir cumprimentar, mas outros não se deixaram encantar pelo apelo. «Ele é igual aos outros», diziam baixinho.

Segurança na ordem do dia

No final da arruada, Portas fez questão de voltar a falar na questão da segurança, ate porque se assinalam dois anos da entrada em vigor do código penal.

Depois de voltar a pedir a PS e PSD que digam se vão ou não alterar as leis penais, voltou a criticar a posição do Bloco de Esquerda e do PCP sobre a questão.

«A extrema-esquerda é extraterrestre em matéria de segurança. Parece que não há criminalidade. Ou então, o criminoso é sempre o coitadinho. Não, coitadinha, é a vítima, disse.

A manhã de campanha começou com uma feira na Maia, mas esta acção não foi divulgada aos jornalistas.
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