MNE guineense defende cooperação com autoridades portuguesas - TVI

MNE guineense defende cooperação com autoridades portuguesas

TAP suspende os voos para Bissau

«Aconteceu, lamentamos, mas qual o país que não tem falhas de segurança»

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O ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição da Guiné-Bissau, Delfim da Silva, defende a reativação de um acordo de cooperação entre autoridades guineenses e portuguesas para que sejam retomados os voos da TAP entre os dois países.

Delfim da Silva falava esta quinta-feira numa conferência de imprensa em que lamentou o incidente com as autoridades portuguesas sobre a viagem num voo da TAP de 74 passageiros com passaportes falsos.

«Há um acordo entre os Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português e guineense, esse acordo não foi denunciado» e é no quadro do mesmo que Delfim da Silva admite a possibilidade de «reativar a cooperação e ultrapassar as dificuldades».

«Vamos trabalhar com todos os instrumentos disponíveis» para repor a normalidade das relações entre os dois países, referiu.

Segundo o SEF português, a tripulação que partiu de Bissau na madrugada de terça-feira foi forçada pelas autoridades guineenses a aceitar 74 pessoas com documentação falsificada.

Na quarta-feira e na sequência do incidente a TAP suspendeu todos os três voos semanais entre os dois países.

Sem detalhar o que se passou no aeroporto, alegando haver investigações em curso, Delfim da Silva reconhece que houve uma grave falha de segurança.

«Países superdesenvolvidos também têm casos de falhas de segurança. Não quero minimizar: o que aconteceu é grave, mas também não quero dramatizar. Vamos ser realistas», cita a Lusa.

«Aconteceu, lamentamos, mas qual o país que não tem falhas de segurança», referiu.

Questionado pelos jornalistas sobre a coação sobre a tripulação e indícios de corrupção para fazer passar os passageiros para Portugal, divulgados na comunicação social, o governante recusou-se a comentar.

Acrescentou, no entanto, que «os funcionários do aeroporto são falíveis, podem falhar e ser ate vulneráveis a algumas situações, como todos nós».

«Não tenho informação sobre armas ou coação. Em todo o caso, há um inquérito» em curso, referiu.

Sobre as consequências diplomáticas, acrescentou mesmo que «é um ato isolado, até provas em contrário».
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