«Casal Moniz» tentou manipular informação - TVI

«Casal Moniz» tentou manipular informação

Pais do Amaral responde a declarações de José Eduardo Moniz

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O ex-presidente da Media Capital Miguel Pais do Amaral acusou, esta terça-feira, o «casal Moniz» de ter tentado manipular a informação da TVI, garantindo que só a sua fiscalização enquanto esteve no grupo impediu que isso acontecesse, escreve a Lusa.

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«No tempo em que fui presidente da Media Capital houve sempre uma grande tentação e propensão para instrumentalização da TVI em favor de causas e motivos políticos e pessoais, tanto por parte do casal Moniz, como de outras personalidades da estação», disse à Lusa Pais do Amaral, reagindo a declarações de José Eduardo Moniz, esta terça-feira na comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura.

«Permitir que isso acontecesse, fosse por quem fosse, não era admissível numa empresa com a responsabilidade institucional e posição de mercado que a TVI tinha», referiu.

Segundo disse ao Parlamento o ex-diretor geral da TVI, José Sócrates tentou intervir na informação da estação enquanto ainda era ministro do Ambiente, tendo sido apoiado pelo então presidente do grupo Miguel Pais do Amaral.

De acordo com Moniz, Pais do Amaral terá reagido à tentativa de Sócrates para que uma peça não fosse divulgada pela TVI chamando o seu diretor geral e dizendo-lhe que considerava a reportagem «exagerada» e que nutria uma «grande admiração» por José Sócrates.

Declarações que Pais do Amaral considera «ridículas e irresponsáveis».

«Sempre tomei posições muito claras no sentido de impedir que a informação da TVI fosse manipulada por interesses privados ou individuais, internos ou externos», disse.

«Enquanto fui presidente do grupo Media Capital, o posicionamento editorial da TVI foi sempre definido pela sua administração», adiantou, referindo que o que cabia a José Eduardo Moniz era a implementação desse posicionamento editorial.

«A fiscalização das acções de implementação do posicionamento editorial não pode ser confundida com pressão, como se quer fazer crer, mas com o acto legítimo de gestão de uma televisão líder de mercado», concluiu.
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