Jardim: CDS desaparece nas «medidas antipáticas» - TVI

Jardim: CDS desaparece nas «medidas antipáticas»

«Os ministros do PSD é que estão a fazer o papel de assumir as responsabilidades mais difíceis da Coligação»

O líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, criticou a forma como os ministros do CDS se comportam no Governo de coligação da República, considerando que só aparecem para fazer «promessas que nunca foram cumpridas».

«Quando se trata de medidas antipáticas ninguém sabe onde anda o líder do CDS, volatilizou-se, e quem tem que dar a cara nas medidas difíceis que é preciso tomar são os ministros do PSD», disse Jardim depois de ter votado na seção de Santa Luzia nas eleições diretas nacionais.

«Quando se trata de fazer promessas, que nunca foram cumpridas, aparece de vez em quando os ministro dos Assuntos Sociais e a ministra da Agricultura a prometerem umas coisas que depois ninguém vê», acrescentou o presidente social-democrata madeirense.

Jardim opinou ainda que são «os ministros do PSD que estão a fazer o papel de assumir as responsabilidades mais difíceis da Coligação».

Segundo Alberto João Jardim, «o CDS vive uma ilusão, que no dia em que o PSD for abaixo nas regiões autónomas os votos vão para a direita», adiantando estar «convencido do contrário, que vão para a esquerda».

Realçou que «como o PSD-M não pertence à Coligação que está no Continente», encara o «CDS como um partido da oposição», argumentando que na Madeira «as mesmas forças económicas que antes apoiavam o PS, nomeadamente os empresários ingleses da Madeira Velha, agora apostam tudo no CDS».

Sobre a expetativa para o ato eleitoral de hoje, o líder madeirense admitiu a possibilidade de uma fraca participação dos militantes madeirenses «até porque só há uma lista, falta o estímulo do despique».

«Se a votação não for elevada é normal que a comunicação social diga mais umas asneiras do costume. Compreendo, precisam de audiências», referiu o presidente do PSD-M.

Jardim, que é o mandatário da recandidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do partido, confirmou a sua presença no congresso nacional do PSD que se realiza a 23, 24 e 25 deste mês.

«Tenho uma moção em que sou o principal subscritor, tenho que apresentá-la», salientou o líder insular, adiantando que já está a trabalhar na apresentação desse projeto do PSD-M.

Alberto João Jardim que teve um relacionamento polémico com Pedro Passos Coelho aceitou ser mandatário da recandidatura à liderança do partido, considerando que este momento é de «unidade partidária».

O PSD-M tem cerca de 11 mil militantes, cinco mil dos quais podem votar para a liderança do partido. Destes, apenas 1.100 têm as quotas em dia.
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