Contaminação mata dois milhões por ano

Aproximadamente metade da população mundial vive em grandes cidades que dia a dia crescem e geram níveis de contaminação que causam a morte prematura a mais de dois milhões de pessoas por ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, refere a EFE.

Esta segunda-feira celebra-se o Dia Mundial Meteorológico e por isso o lema deste ano é «o tempo, o clima e o ar que respiramos».

Durante séculos os humanos adaptaram-se às mudanças de clima e da zona geográfica. No entanto, nas últimas décadas questões como o crescimento demográfico, a exploração energética e o desenvolvimento industrial geraram emissões de gases e partículas em quantidades tão grandes que afectam a saúde humana, provocando doenças como asma, cancro do pulmão, doenças cardíacas e outras infecções.

Em conjunto com os danos causados à saúde humana, a má qualidade do ar afecta também a economia mundial, a segurança alimentar, os recursos hídricos e o desenvolvimento sustentável, ao destruir plantas, campos de cultivo e ecossistemas.

Por isso mesmo, desde os anos cinquenta a Organização Mundial Meteorológica (OMM) trabalha na coordenação da observação e análise da composição atmosférica para medir os gases que contaminam o ar e afectam o clima.

O Grupo Intergovernamental de Especialistas em Mudanças Climáticas (IPCC), co-patrocinador da OMM, chegou à conclusão de que as alterações climáticas são indiscutíveis e muito provavelmente devem-se a aumento das concentrações de gases do efeito de estufa provocados pelo homem.

O IPCC também prevê um aumento da frequência e intensidade das inundações, secas e outros fenómenos meteorológicos e climáticos extremos como consequência das mudanças climáticas, em particular das ondas de calor que podem ter efeitos prejudiciais para a saúde humana, acentuar a contaminação e propagar os incêndios florestais.