Portimonense-Moreirense, 0-2 (crónica) - TVI

Portimonense-Moreirense, 0-2 (crónica)

  • Pedro Lemos
  • Portimão Estádio
  • 28 abr, 17:28

Balde de água gelada

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Nada está decidido; longe disso. Mas, à medida que caminhamos para o final do campeonato, cada ponto amealhado torna-se ainda mais valioso.

A luta por aquele 16º lugar  - que, não condenando ninguém, obriga a disputar um play-off de despromoção – está ao rubro e assim continuará.

O Portimonense tem sido o “cliente” mais habitual dessa 16ª posição, onde se encontra há algumas jornadas. E de onde teima em não sair, depois da derrota de hoje frente ao Moreirense (0-2), num jogo em que os algarvios até fizeram por ganhar.

Depois do 2-2 em Famalicão, Paulo Sérgio mudou apenas dois jogadores no 11 inicial: casos de Guga e Midana para entradas de Formiga e Luan.

Já o Moreirense, confortável na tabela neste regresso à I Liga, jogava para tentar chegar ao 6º lugar, ultrapassando uma das equipas-sensação desta época: o Arouca. E consegui-o mesmo.

O jogo prometia e começou com um ligeiro ascendente dos visitantes. Logo ao minuto 2, Fabiano podia ter inaugurado o marcador, mas o potente remate bateu com estrondo na barra.

O Moreirense chegaria ao golo ao minuto 16, por Matheus Aiás (que hoje foi titular em detrimento de Kodisang).

Só que o lance foi anulado por fora de jogo de João Camacho no início da jogada; e, de certa forma, deu mote à resposta do Portimonense à boa entrada do adversário.

Os algarvios, comandados por Carlinhos, Fukui e Tamble – boas exibições dos três jogadores no primeiro tempo – acercaram-se da baliza de Caio Secco.

Carlinhos haveria de marcar mesmo ao minuto 30… mas, tal como aconteceu com Matheus, o golo foi anulado.

Dois centímetros colocaram Tamble em fora de jogo – de outra forma, estar-lhe-ia aqui a relatar um golaço de Carlinhos que marcou um livre direto muito descaído para a esquerda.

Na segunda parte, foi sempre o Portimonense quem quis mais. Os algarvios rapidamente assumiram as rédeas do encontro, perante um Moreirense que ia espreitando o contra-ataque, sem grande (ou nenhum) perigo.

Mas esta era a tarde dos golos anulados e do VAR (ao minuto 59, o árbitro foi ver as imagens por possível penálti na área do Moreirense).

Quando o Portimonense já fazia por merecer a vantagem, Alemão aproveitou uma defesa para a frente, de Caio Secco, para cabecear para o fundo das redes.

A loucura instalou-se em Portimão, mas rapidamente foi desfeita: o central dos algarvios estava em fora de jogo (69m).

O futebol tem destas coisas: numa das únicas aproximações à área em toda a segunda parte, o Moreirense marcou.

Após um canto batido na esquerda, o central apareceu solto, no coração da área, para cabecear sem hipóteses de defesa (76m).

Os algarvios sentiram muito o golo sofrido, contra a corrente do jogo, e nunca mais levaram real perigo à baliza adversária. Haveria de ser, inclusive, o Moreirense a marcar mais um, num grande chapéu de João Camacho a Nakamura, já em tempo de compensação, selando a vitória e o regresso ao 6º lugar.

Faltam três jogos para o final do campeonato, na próxima jornada o Portimonense visita Alvalade e perdeu hoje uma oportunidade para sair do lugar de play-off de despromoção.

Nada está decidido, mas a margem de erro é cada vez mais curta.

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