A FIGURA: Cristiano Ronaldo
Depois de mais uma fase final sem golos, o avançado português respondeu às críticas com um jogo muito positivo. O golo 900 abrilhantou-lhe a noite, mas CR7 foi mais do que esse momento. Jogou de forma associativa e pisou os espaços certos. Antes do golo esteve perto de marcar numa das jogadas coletivas mais bonitas da noite e ainda assistiu Nuno Mendes, já na segunda parte, para uma boa ocasião de golo negada por Livakovic.
O MOMENTO: minuto 34. Golo 900 da carreira de Cristiano Ronaldo
Aos 39 anos pode não ser o jogador de outros tempos. Perdeu capacidade de drible, velocidade, mas continua a ser um dos homens mais letais nas áreas contrárias. O cruzamento de Nuno Mendes foi perfeito, mas a forma como CR7 finalizou de primeira meteu respeito. A História a escrever-se à nossa frente: na Luz, a 5 de setembro de 2024, o maior goleador de sempre do futebol mundial chegou aos 900 golos oficiais na carreira, 131 de quinas ao peito.
OUTROS DESTAQUES
Bruno Fernandes: teve, tal como muitos dos companheiros, um Euro 2024 individualmente aquém das expetativas, talvez muito por culpa do peso que uma época inteira teve num dos jogadores mais utilizados do Mundo. A leveza que ainda tem nas pernas em 2024/25 nota-se mesmo à distância, lá bem perto da cobertura do Estádio da Luz. Na forma como procura a bola, como compensa defensivamente as limitações defensivas de Rafael Leão e na agilidade mental que lhe permite tomar, como poucos, boas decisões. Como na assistência para o golo de Dalot e numa triangulação perfeita com Leão e Ronaldo que adiou alguns minutos o golo 900 de CR7 na carreira.
Diogo Dalot: inaugurou o marcador ao aparecer com um movimento à ponta de lança numa zona onde é pouco habitual um lateral-direito aparecer. Na segunda parte negou de carrinho uma excelente ocasião de golo de Pasalic numa transição perigosa. Um autogolo foi um percalço num jogo muito consistente.
Nuno Mendes: esteve ligado à corrente do primeiro ao último minuto, com desequilíbrios constantes pelo corredor esquerdo. Assistiu Cristiano Ronaldo para o golo 900 da carreira do avançado e ainda apareceu em condições de marcar em pelo menos duas ocasiões. Na primeira parte dividiu o flanco esquerdo com Rafael Leão, mas na segunda reclamou-o todo. E bem!
Kramaric: o mais perigoso dos croatas na primeira parte. Disponibilidade física, mobilidade e poder de fogo. Ameaçou o golo, negado por Diogo Costa, aos 31 minutos e desequilibrou num movimento em profundidade na jogada do golo da Croácia a fechar a primeiro.
Livakovic: nada podia fazer nos golos sofridos, mas fez muito para negar outros golos de Portugal. A Bruno Fernandes, a Cristiano Ronaldo e fica a sensação que ainda tocou de raspão naquela tentativa de Pedro Neto sacudida pela trave.