Qimonda: Estado e banca assumem controlo da empresa

A «nova» Qimonda Portugal vai ter como principais accionistas o Estado português e os bancos BCP e BES, perdendo todos os vínculos à casa-mãe alemã. Esta foi a resolução incluída no plano de viabilização da empresa, apresentado pela administração e aceite esta terça-feira pelos credores, de acordo com a Lusa.

Credores aprovam plano para futuro da Qimonda

Mais de 330 postos de trabalho serão reduzidos



Este plano consiste na realização de uma operação harmónio, com a redução do capital social da empresa a zero, seguido de um aumento de capital em que todos os credores podem transformar os seus créditos em capital.

Basílio Horta acredita no futuro da Qimonda

Caso a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, o BES e o BCP (que são os principais credores da Qimonda) exerçam esta opção de conversão dos créditos em capital, tornar-se-ão nos principais accionistas da empresa de Vila do Conde.

Quimonda vai apostar em novos nichos de mercado

Este plano de reestruturação prevê ainda a continuidade do negócio de semicondutores e a entrada em novos nichos de mercado especializados, havendo já «acordos de princípio» com parceiros comerciais.

Em declarações aos jornalistas no final da assembleia de credores da Qimonda, em Gaia, o presidente da empresa, Armando Tavares, congratulou-se com a aprovação do plano.

«Foi um muito bom resultado», disse, acrescentando que «permite manter uma empresa relevante para o país e salvar alguns postos de trabalho».