Luz: preços livres conquistam mais de 238 mil clientes - TVI

Luz: preços livres conquistam mais de 238 mil clientes

Lâmpada

Número de consumidores multiplica-se por 20

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Desde a abertura do mercado liberalizado de electricidade a 4 de Setembro de 2006, os preços livres já conquistaram mais de 238 mil consumidores. Assim, o número de clientes que há três anos preferiam o Mibel (11 mil) multiplicou-se por 20, de acordo com os dados até Julho deste ano da Entidade Regulador dos Serviços Energéticos. Já representa mais de 1/4 do total do consumo no país.

A ERSE concluiu ainda que se registou um crescimento médio de cerca de 70% até final de 2007 e de cerca de 8% desde início de 2008 até ao presente.

De facto, houve um decréscimo acentuado do consumo em mercado liberalizado a partir do final de 2007, mas este ano, face às novas condições de mercado, foi possível dar-se um forte crescimento deste mercado (mais 37% em Julho face há um ano atrás). Em 2009, a percentagem do consumo no mercado liberalizado supera os valores do início do período da sua abertura. O Mibel já representa mais de 1/4 (28,7%) de todo o consumo de electricidade no país (mercado regulado e liberalizado).

Industriais «pesam» 63%

Segundo o regulador, este decréscimo do consumo em mercado liberalizado a partir do final de 2007 deveu-se, sobretudo, à saída de clientes industriais. «Está associado a uma redução da actividade dos comercializadores espanhóis a actuar em Portugal», justifica a entidade.

Já o forte crescimento este ano assenta no crescimento dos segmentos de clientes industriais e de grandes clientes. Aqui, todos os comercializadores estão a crescer em volume, mas a EDP começa a perder quota de mercado. O pico da eléctrica nacional foi no terceiro trimestre de 2008, quando detinha 89%. Actualmente, a EDP Comercial regista 64% da quota, pertencendo 14% à Endesa, 17% à Iberdrola e os restantes 6% à Unión Fenosa.

Hoje, os industriais representam a maior fatia de clientes (63,1%), seguidos dos grandes clientes (20,7%). Apenas 16,2% diz respeito a consumidores domésticos e pequenas empresas.

De referir que, para a ERSE, este aumento de clientes e consumo em Mibel deve-se a passos que viabilizaram que este se tornasse economicamente mais atractivo como: a reorganização do sector, a regulação dos monopólios naturais, as mudanças na fórmula de cálculo das tarifas e a descida dos preços do carvão e petróleo depois dos máximos registados em 2008.
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