Benfica defronta Liverpool nos oitavos de final

Nas temporadas de 1977/78 e 83/84, os «encarnados» foram afastados nos quartos-de-final, com os ingleses a chegarem em ambas ao título europeu, e em 84/85 «caíram» na segunda ronda, no que foi a única vez que sonharam até final com o apuramento.

Em 1977/78, o Benfica, liderado pelo inglês John Mortimore, comprometeu a eliminatória no primeiro jogo, ao perder na Luz, a 01 de Março de 1978, por 2-1: Nené adiantou a equipa da casa (12 minutos), mas Jimmy Case (36) e Emlyn Hughes (70) viraram o resultado.

Na segunda «mão», em Anfield Road, o Liverpool, que então como agora era o detentor do troféu, não teve problemas em confirmar a sua superioridade, selada com uma clara vitória por 4-1, «materializada» com tentos de Ian Callaghan, Kenny Dalglish, Terry McDermott e Phil Neal, tendo Nené voltado a facturar para os portugueses.

Depois de em 1976/77 ter conquistado o seu primeiro ceptro europeu (3-1 na final aos alemães do Borussia de Monchengladbach), o Liverpool, de Bob Paisley, embalou com o triunfo sobre o Benfica para o «ibis», carimbado com um triunfo sobre os belgas do Brugge (1-0).

Seis anos mais tarde, em 1983/84, as duas equipas voltaram a encontrar-se nos quartos-de-final da Taça dos Campeões e desta vez a primeira «mão» foi em Inglaterra, de onde o Benfica saiu com uma não muito comprometedora derrota por 1-0.

O «matador» Ian Rush, com um tento aos 66 minutos, derrotou os comandados do sueco Sven-Goran Eriksson, a 07 de Março de 1984, resultado que deixava tudo em aberto para o segundo encontro, que se realizou 15 dias depois na capital lusa.

As esperanças lusas desmoronaram-se, porém, logo aos nove minutos, altura em que Ronnie Whelan bateu Bento, que ainda sofreu novo golo antes do intervalo, mais precisamente aos 32, desta vez apontado por Craig Johnston.

Pela terceira vez, em quatro jogos, Nené voltou a marcar ao Liverpool, aos 74 minutos, mas os ingleses chegariam a 4-1, com golos de Rush, aos 78, e Whelan, aos 84, embalando para o seu quarto título europeu, garantido no desempate dos pontapés da marca da grande penalidade (4-2), face ao AS Roma, que actuou em casa na final.

Na época seguinte, os campeões da Europa voltaram a encontrar o Benfica, agora logo na segunda eliminatória, que começou em Anfield Road, a 24 de Outubro de 1984, com um triunfo dos locais por 3-1, conseguido graças a um "hat-trick" de Ian Rush (44, 73 e 76 minutos).

Um golo de Diamantino Miranda, que então estabeleceu o empate (51 minutos), dava alento aos comandados do húngaro Pal Csernai para a segunda «mão», que, a 07 de Novembro de 1984, começou praticamente com um golo do Benfica, apontado pelo dinamarquês Michael Manniche logo aos cinco minutos, na transformação de uma grande penalidade.

O Benfica ficou a um golo do apuramento, situação que se manteve até final do encontro, sendo que esse tento nunca chegou, num embate marcado pelo vermelho directo exibido ao benfiquista Pietra e a Kenny Dalglish quase em «cima» do intervalo.

Ao sexto encontro, o «onze» da Luz conseguiu, finalmente, o primeiro triunfo, mas foi eliminado, tendo, assim, um balanço totalmente negativo frente aos ingleses, que, como em 1977/78 e 84/85, voltam a defrontar o Benfica com detentores do título europeu.

Além do Benfica, o Liverpool também já arredou uma vez o FC Porto das taças europeias (0-0 fora e 2-0 em casa, nos quartos-de- final da Taça UEFA de 2000/2001), isto depois de ter começado mal os seus confrontos com portugueses, ao «cair» na segunda ronda da Taça UEFA de 1969/70 face ao Setúbal (0-1 fora e 3-2 em casa).

O último registo de embates do Liverpool com equipas lusas data de 2001/2002, mais precisamente da primeira fase da Liga dos Campeões: o Boavista logrou «empatar» duas vezes os «reds» (1-1 fora e em casa) e seguir em frente, junto com os ingleses.