Custo de vida baixou em Outubro

A taxa de inflação homóloga baixou em Outubro, oito décimas para 2,3%, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de inflação subjacente, (exclui produtos alimentares não transformados e energéticos) desacelerou menos intensivamente, apresentando uma taxa de variação homóloga de 2,5%.

Os Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, bem como os Restaurantes e hotéis, foram as classes que mais contribuíram para a variação da inflação homóloga. A única contribuição negativa verificou-se nas Comunicações.

Comparando as taxas de variação homóloga de Outubro de 2008 com a média das taxas dos três meses anteriores, verifica-se que as classes dos Transportes e dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, foram as que revelaram desacelerações de preços mais significativas em relação a Outubro do ano passado. Em sentido oposto, assinala-se a aceleração da Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis e dos Restaurantes e hotéis.

Combustíveis, carne e peixe mais baratos

Em termos mensais, os preços baixaram 0,2%, o que deixa a média mensal dos últimos 12 meses estável nos 2,9%.

Para a descida mensal dos preços deve-se sobretudo à queda registada nos Transportes (-2%), com destaque para a diminuição do preço dos combustíveis e lubrificantes para transporte pessoal (-6,4%).

Mais baratos ficaram ainda o peixe (-1,3%), a carne (-0,6%) e as férias organizadas (-4%).

A impedir que o custo de vida baixasse ainda mais, estiveram o Vestuário e calçado e os Restaurantes e hotéis situando-se as variações mensais em 2,5% e 0,9%, respectivamente.

Em termos harmonizados, que permite a comparação directa com os parceiros europeus, a taxa homóloga caiu sete décimas para 2,5%. A taxa mensal também foi negativa e de 0,2% e a média dos últimos doze meses manteve-se em 2,9%.