Incertezas sobre Roménia levam analistas a subir risco das acções do BCP - TVI

Incertezas sobre Roménia levam analistas a subir risco das acções do BCP

Presidente do BCP

A compra do Banca Comerciala Romana (BCR) por parte do BCP tem vindo a penalizar os títulos do maior banco privado português já que as incertezas são muitas em torno da operação, segundo analistas contactados pela Agência Financeira.

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O BCR é um banco líder na Roménia, pelo que a «operação teria um impacto positivo em termos de visualização internacional do BCP», começa um dos analistas contactados, acrescentando que, contudo, «existem muitas incertezas. Todo o procedimento é obscuro e existem muitas coisas que têm de ser esclarecidas com o BCP».

«Para ser sincero ninguém estava à espera que o BCP estivesse lá, pelo que acho que ambos têm a mesma hipótese, mas como não temos nenhum critério para nos guiarmos, não sei o que dizer», refere o mesmo analista. Contudo, acrescentou o mesmo, «toda esta incerteza aumentou o risco dos títulos do banco. Estamos a adicionar um risco de 5% nas nossas análises, que ainda assim consideramos insuficiente dados os montantes que o BCP terá de investir na operação caso ganhe».



Um outro analista adiantou que «a verdade é que não sabemos nada sobre o BCR, não nos deram nenhuma informação, já que não é uma empresa privada. E o BCP também não nos deu indicação nenhuma sobre o banco. Não posso sequer avaliar qual seria a melhor hipótese para o BCR».

Quanto ao valor do aumento de capital, «isso é uma boa questão. Depende se vendem ou não activos não core, até onde querem baixar os rácios de capital, quanto pagarem. São muitas incertezas sobre as quais o BCP não pode falar mas que fará o aumento de capital ser 35% do seu capital ou 16% do seu capital, mas lá está, há muitas coisas que não se sabe». Quanto questionado até onde o BCP pode ir, «acho que até aos 3,5 mil milhões de euros para 62% do banco, ou 5 mil milhões de euros para os 100%» do banco romeno.
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