PPR só fazem sentido se investimento for a longo prazo - TVI

PPR só fazem sentido se investimento for a longo prazo

PPR públicos são 10 vezes mais baratos

Final do ano costuma ser altura de maior corrida a estes produtos

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Investir poupanças num Plano Poupança Reforma (PPR) só faz sentido se o investimento for feito a longo prazo, dizem analistas contactados pela «Lusa».

Com a aproximação do final do ano e dado o benefício fiscal deste tipo de produtos, alguns portugueses costumam escolher esta altura para investir em fundos de pensões (PPR).



Para António Ribeiro, da Deco, investir num PPR depende do objectivo da poupança de cada pessoa. «Se se puder prescindir do capital durante muitos anos, os PPR são uma solução interessante, sobretudo devido ao benefício fiscal», afirmou à agência estatal, defendendo que se o dinheiro for preciso no ano seguinte, então este investimento pode não ser indicado.

A cada investidor pode deduzir 20 por cento do valor investido em PPR até um máximo de 400 euros se tiver menos de 35 anos, 350 euros se tiver entre 35 e 50 anos e 300 euros se tiver mais de 50 anos. «Se calhar não há muitos depósitos que dêem muito mais» do que esse rendimento em benefício fiscal, pelo que a Deco «continua a aconselhar a compra de PPR, na óptica de um investimento de longo prazo».

Para quem tem mais de 50 anos, é aconselhável optar por um seguro com capital e rendimento mínimo garantido, enquanto a partir dos 40 anos é preferível optar por um fundo de pensões investido em acções.

Depósitos já não fazem sentido a médio e longo prazo

Também Diogo Teixeira, administrador da sociedade gestora Optimize, diz que aconselham os seus investidores a comprar PPR, «porque os mercados já caíram» e porque «o investimento em produtos a taxas garantidas (os tradicionais depósitos) não fazem sentido a médio e longo prazo».

Do mesmo modo, Gonçalo Gomes, do departamento de markteting do ActivoBank7, lembra que «mesmo nos PPR mais agressivos, os gestores podem proteger a carteira em conjunturas de mercado mais negativas», pelo que qualquer conjuntura «é boa» para este investir neste tipo de produtos se o objectivo for planear a reforma.

Pico das taxas de juro vai desaparecer

«O pico das taxas de juro altas vai desaparecer», avisou Diogo Teixeira, sublinhando que «não faz sentido» comprar depósitos para investimentos a prazos mais longos, já que até ao final de 2009 não se deve conseguir arranjar depósitos com taxas superiores a 1 ou 2%. É preferível optar por PPR não garantidos se se procurar investimento a cinco ou 10 anos.

Quanto aos novos Certificados de Reforma, os PPR públicos, a Deco disse não recomendar «por enquanto» e Diogo Teixeira preferiu sublinhar que eles são complementares, embora tenham o inconveniente de não permitirem desmobilizações antecipadas.
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