Reforma da Segurança Social só a partir de Setembro - TVI

Reforma da Segurança Social só a partir de Setembro

UGT aplaude alterações ao Código de Trabalho

A UGT considerou hoje impossível a celebração de um acordo final sobre a reforma da segurança social antes do mês de Setembro, tendo em conta a quantidade de matérias que pretende negociar para melhorar a proposta governamental.

«Um acordo final sobre a reforma da segurança social só será possível em Setembro», disse à agência «Lusa» o secretário-geral da UGT, João Proença.

Pouco antes, João Proença tinha manifestado toda a disponibilidade negocial, em conferência de imprensa, mas afirmou que não seria possível um acordo final sobre a reforma da segurança social em Julho, dada a complexidade da matéria e os pontos em desacordo.

A UGT considera inaceitável a proposta do Governo, apresentada segunda-feira na concertação social, mas está disponível para a negociar ao longo dos meses de Agosto e Setembro.

O Governo tem manifestado intenção de concluir o processo negocial com os parceiros sociais em Julho e implementar as medidas para garantir a sustentabilidade da segurança social em 2007.

Desde o início do processo, as centrais sindicais têm considerando o calendário muito apertado para a discussão de uma matéria de tanta importância.

O Secretariado Nacional da UGT aprovou hoje a posição da central sobre o documento apresentado pelo Governo e avançou com algumas propostas que pretende ver consignadas na proposta de reforma.

O secretário-geral da UGT, que apresentou o parecer aos jornalistas, considerou a proposta governamental inaceitável e desequilibrada porque exige demasiados sacrifícios aos trabalhadores e ignora algumas situações fundamentais (como as carreiras contributivas longas).

João Proença referiu a introdução do factor de sustentabilidade, a antecipação da nova fórmula de cálculo das pensões e o novo regime de aumentos anuais das pensões como medidas apresentadas pelo Governo que dão aos trabalhadores perspectivas muito negativas.

Segundo o sindicalista, estas medidas vão contribuir para a quebra dos valores das pensões.
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