O Presidente da República, Jorge Sampaio, questionou a forma como o sector financeiro responde às exigências de uma nova economia em Portugal, reiterando a necessidade da banca disponibilizar capital de risco às empresas.
«Tem que haver disponibilidade do sistema financeiro para avançar nas novas economias, com o risco que às vezes isso comporta e com a valorização do processo do exportador nacional naquilo que ele significa na incorporação de mais valia», alertou.
Jorge Sampaio falava no final do primeiro dia de uma «ronda» a empresas e instituições de sucesso no norte do país para mostrar «bons exemplos» nas áreas de qualidade, internacionalização e incentivo à investigação.
«Espero não ter sido mal interpretado», disse Jorge Sampaio aos jornalistas à margem da visita, referindo-se a declarações suas proferidas hoje na Unicer, em que criticou os meios que o sector financeiro utiliza para apelar ao consumo privado.
Banca prefere lucro fácil do «automovelzinho»
Ao fim da manhã, o Presidente da República acusou a banca de descurar a aposta no capital de risco, considerando que o sector poderia a incentivar o tecido empresarial a «arriscar mais».
«Há oposição da banca no que respeita a arriscar alguma coisa para as empresas que querem realmente inovar. Naturalmente que se quiserem um automovelzinho, a banca está disposta a fazer umas prestações que eu até penso 'Que pena não ter de comprar carro porque é uma maravilha'. É um embuste», concluiu.
Sampaio critica banca por não apostar em capital de risco
- Redação
- AM
- 22 jun 2005, 07:11
O Presidente da República falou esta terça-feira de «embuste» ao afirmar que os bancos preferem o lucro fácil, do crédito a clientes privados, do que arriscar no crédito às pequenas empresas, que podem contribuir para o crescimento da economia, noticia a «TSF».
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