OPEP admite novo corte de produção se preços continuarem a baixar - TVI

OPEP admite novo corte de produção se preços continuarem a baixar

Petróleo

Se os países industrializados entraram em fase de recessão leva a forte contracção da procura de petrolífera

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O ministro da Energia argelino e presidente em exercício da OPEP, Chakib Khelil, admite uma nova baixa da oferta do cartel se os preços do barril continuarem abaixo dos 70 dólares até a próxima reunião a 17 de Dezembro.

«Sempre dissemos que o nosso objectivo era um barril entre 70 e 80 dólares. Se o barril não atingir este nível haverá provavelmente uma outra redução. Mas é preciso um consenso entre doze membros. E cada um tem interesses próprios», diz Khelil no decorrer de uma conferência debate em Argel organizado pelo diário governamental El Moudjahid.

O ministro argelino respondia a um jornalista sobre que decisão ia tomar a OPEP se as cotações do crude continuassem em queda uma vez totalmente integrada pelo mercado a baixa de 1,5 milhões de barris por dia decidida a 24 de Outubro em Viena.

«Podemos sempre discutir outra baixa, mas haverá um consenso? Não posso dizê-lo agora. Devemos esperar as informações que teremos daqui a um mês para ver o que vai acontecer», acrescentou o presidente da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

A reunião extraordinária da OPEP prevista «vai reavaliar a situação do mercado petrolífero após a reunião de Viena e estudará as perspectivas do mercado pela primeira metade de 2009», disse.

O mercado petrolífero caracteriza-se actualmente por «uma tendência de baixa para 2008 e 2009», um «reforço do dólar», um nível «relativamente elevado da produção da OPEP e stocks comerciais a um nível aceitável», indicou Khelil.

Segundo ele, os países industrializados entraram «em fase de recessão devido à crise financeira que os enfraquece e que deverá manter-se em 2009», levando a «uma forte contracção da procura de petrolífera».

«O recuo das cotações do crude é o resultado desta situação», acrescentou, considerando que a OPEP deve «ajustar a sua produção».
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