O empresário Belmiro de Azevedo garante que até agora não «sentiu nenhum dos compromissos» assumidos pela Portugal Telecom (PT) caso a oferta pública de aquisição (OPA) da Sonaecom fracasse.
«Há uma série de compromissos assumidos. Estamos à espera que esses compromissos sejam todos assumidos, ainda não sentimos nada até agora», afirma o responsável à margem da conferência sobre Davos, da PriceWaterhouseCoopers, no Porto.
Belmiro de Azevedo recusou-se a adiantar mais pormenores sobre a OPA, acrescentando apenas que «a nossa não morreu, vamos lá ver».
Recorde-se que a PT prometera, no seu plano de defesa contra a OPA da Sonaecom, distribuir aos accionistas dividendos no valor de 6,2 mil milhões de euros até 2009, além de realizar um spin-off da PT Multimédia e de um plano de compra de acções próprias, correspondente a pelo menos 16,5% do capital, num montante global de 2,1 mil milhões de euros.
E apela a corte radical nos impostos
Para Belmiro de Azevedo é indispensável que o Governo leve a cabo um corte radical nos impostos, pois só assim consegue atrair bons investimentos, quer portugueses quer estrangeiros. «Precisamos de ter investimentos de qualidade, independentemente de serem portugueses ou não e isso não está a ser feito em quantidade suficiente».
«O Governo tem de ter uma atitude corajosa: mudar o modelo de negócio, assumir riscos correctos e não apenas gerir a crise permanentemente», conclui.
Belmiro aguarda cumprimento de promessas assumidas pela PT
- Sónia Peres Pinto
- 18 abr 2007, 14:58
(Notícia actualizada)
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