Gouveia e Melo rejeita "politiquice" e diz não estar "numas segundas legislativas" - TVI

Gouveia e Melo rejeita "politiquice" e diz não estar "numas segundas legislativas"

  • Agência Lusa
  • MCC
  • 17 out, 15:41
Entrevista ao Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo (JOSE SENA GOULAO/Lusa)

O candidato respondeu ainda às acusações de Luís Marques Mendes de que "há dois Gouveias e Melo"

O candidato presidencial Gouveia e Melo recusou esta sexta-feira comentar “politiquices que não interessam", assegurou que não está “numas segundas legislativas” e negou ter visado alguém quando falou nas qualidades de Presidente da República.

“Não tenho que criticar nem comentar. A minha candidatura está preocupada em ser independente. Não estou numas segundas legislativas. Estou numas presidenciais, quero representar todos os portugueses e essencialmente quero preocupar-me verdadeiramente com os assuntos que interessam a Portugal”, afirmou Gouveia e Melo, apontando como exemplo os problemas relativos à Saúde e à pobreza, e a necessidade de ter uma economia “de valor acrescentado”.

O candidato, que falava em declarações aos jornalistas em Viana do Castelo, durante uma visita aos estaleiros da empresa West Sea, foi questionado sobre a notícia do Expresso de que elementos próximos de Pedro Passos Coelho preparam apoio ao candidato presidencial António José Seguro e também sobre o facto de o candidato Cotrim Figueiredo ter afirmado que o apoio do anterior primeiro-ministro social-democrata seria “natural”.

“Não me vou deixar arrastar para o terreno da politiquice. Essa é uma questão que não tem a ver com a minha candidatura. São as outras candidaturas, farão o que acharem melhor, para terem os apoios que acharem melhor”, frisou.

Gouveia e Melo admitiu não ter “experiência da politiquice partidária” mas recusou a ideia de ausência de experiência política.

“Não venham dizer que eu não tenho experiência política, porque a política, que é a resolução dos problemas da população, da comunidade… Acho que já provei isso à exaustão. Não tenho que provar mais”, observou.

Sobre as acusações do candidato presidencial Luís Marques Mendes, de que “há dois Gouveias e Melo, um do tempo da vacinação e outro que resolveu entrar pelos tiques da politiquice nacional”, o almirante respondeu ser apenas um.

“Ele gostaria que isso fosse verdade. Só há um Gouveia e Melo, que é sempre o mesmo. Não fico imune às críticas que me fazem. Quando faço uma observação genérica sobre quais deveriam ser as qualidades do presidente neste período que se aproxima, ou as não qualidades, as pessoas sentem-se afetadas. Mas o problema é das pessoas que acham que as desqualidades [sic] que eu identifiquei lhes assentam como uma luva”, afirmou.

Gouveia e Melo insistiu que não referiu nomes no discurso de quarta-feira, quando avisou que o futuro Presidente não pode ser “Cavalo de Troia” de um partido ou um demagogo populista.

“Não referi nomes, enquanto os outros referem sempre o meu nome. Há dias fiz um discurso em que apontei o que é que seriam, em termos genéricos, as qualidades de um presidente e as qualidades que um presidente, ou as desqualidades que um presidente não devia ter. Houve logo pessoas a meterem-se nas desqualidades. Eu não tenho esse problema. Não referi ninguém, referi em termos abstratos”, garantiu.

Para Gouveia e Melo, está em causa “uma politiquice”.

“Eu não disse com o fulano A, ou com o fulano B, ou com o fulano C. Eu só estou a dizer que essa qualidade, ou desqualidade, não deve ser uma coisa que seja boa na próxima presidência, porque a próxima presidência vai enfrentar momentos difíceis, quer a nível da segurança e da defesa, quer a nível da própria economia, porque a economia vai entrar em arrefecimento”, alertou.

O candidato defende “”uma economia de maior valor acrescentado que permite remunerar bem os portugueses”.

“Isso é verdadeiramente o que me preocupa”, frisou.

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