A indústria dos refrigerantes volta a pedir ao Governo o fim do imposto sobre bebidas açucaradas, criado em 2017 para combater a obesidade e a diabetes, avança o Diário de Notícias que adianta que às vésperas da apresentação do Orçamento do Estado para 2026, a Probeb (Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas) defende que a taxa perdeu justificação, uma vez que o setor reduziu o teor de açúcar muito além da meta acordada com o Ministério da Saúde.
Entre 2018 e 2023, a redução foi de 25,7%, mais do que o objetivo de 10%, e antes da entrada do imposto, entre 2013 e 2017, já se registara uma descida de 32%. Para a associação, o imposto é discriminatório e punitivo por incidir apenas sobre refrigerantes, deixando de fora produtos como sumos, cereais ou iogurtes com teores semelhantes de açúcar.
Desde a criação da taxa, o setor pagou cerca de 450 milhões de euros, incluindo 62 milhões em 2024. A Probeb considera que a medida retirou competitividade às empresas, apesar de estas terem investido na reformulação dos produtos e na oferta de versões com pouco ou nenhum açúcar, e insiste que a solução para reduzir obesidade e diabetes deve passar por compromissos de autorregulação e não por medidas fiscais isoladas.