Governo cede em pelo menos um ponto e vai deixar professores concorrer a nível nacional - TVI

Governo cede em pelo menos um ponto e vai deixar professores concorrer a nível nacional

Manifestação nacional de professores e educadores (António Pedro Santos/ Lusa)

A reunião desta quinta-feira entre Governo e professores terminou sem acordo, mas houve pelo menos um ponto em que os sindicatos conseguiram vencer. Os professores em Quadro de Zona Pedagógica já vão poder concorrer a nível nacional

O Governo cedeu em pelo menos um ponto nas negociações com os professores, que terminaram sem acordo. Da reunião desta quinta-feira saiu a possibilidade de os professores em Quadro de Zona Pedagógica (QZP) poderem concorrer a nível nacional.

“Retiraram a obrigatoriedade de concorrer só ao QZP em que estão colocados e a três QZP adjacentes, o que é muito bom. Agora podem concorrer ao país inteiro, na preferência que entenderem. Mas há um senão: se o professor não tiver lugar, é obrigado a concorrer ao seu QZP e ficarem em quadro de agrupamento. Isso já acaba por não ser benéfico porque, se quiser aproximar da residência, é ultrapassado e só pode concorrer na terceira prioridade”, adianta à CNN Portugal fonte sindical.

Os professores conseguiram ainda que o Governo cedesse na questão da obrigatoriedade de concurso a nível nacional na vinculação dinâmica. Contudo não conseguiram avançar na alteração dos requisitos para essa mesma vinculação dinâmica. O Governo vai vincular automaticamente os professores que reúnam condições para tal e os sindicatos queriam que essa vinculação fosse feita por graduação profissional ou, em alternativa, quando houvesse um contrato nos últimos dois anos. Mas o Ministério da Educação foi intransigente e não aceitou alterar os requisitos, dando azo a “muitas desigualdades”, alegam os sindicatos.

A CNN Portugal tinha noticiado esta quinta-feira que havia muitos professores do quadro a pedir informações sobre as implicações de se demitirem. São docentes que, caso avançasse a pretensão do Governo, só podiam pedir mobilidade para o próprio QZP ou para três QZP adjacentes, deitando, em muitos casos, por terra a possibilidade de aproximar à residência. Um docente do Porto, por exemplo, que estivesse colocado em Lisboa só poderia concorrer em Lisboa e em três QZP adjacentes, continuando longe da família e perdendo qualquer hipótese de aproximação à residência.

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