O secretário-geral adjunto do PS classificou esta quarta-feira como “um logro” as propostas de reforma fiscal do PSD, apontando-lhes “sete pecados capitais” e salientando que o governo socialista tem descido impostos e não aceita lições nesta matéria.
“Para o PS, este conjunto de propostas resume-se a um logro para as portuguesas e os portugueses”, afirmou João Torres, em conferência de imprensa, na sede nacional do PS, em Lisboa.
O socialista considerou que “o PSD chegou tarde a este debate sobre a descida do IRS no país”, realçando que o Governo tem “baixado impostos todos os anos desde 2015”.
João Torres defendeu também que “o PS não aceita lições sobre fiscalidade e descida do IRS por parte do PSD”.
Na segunda-feira, o presidente do PSD, Luís Montenegro, avançou com um “programa global de reforma fiscal” do qual fazem parte “cinco medidas imediatas”, incluindo uma redução ainda este ano das taxas do IRS em todos os escalões, menos no último, uma medida que seria financiada pelo excedente da receita fiscal.
Numa reação a este pacote, o secretário-geral adjunto do PS apontou-lhe “sete pecados capitais”.
“É incoerente, assenta numa mentira da apropriação pelo Estado do excesso de receita fiscal, é excessivamente regressivo, enganador para os mais jovens, não responde aos desafios e problemas de produtividade do país, prejudica a carreira contributiva dos trabalhadores e a sua proteção social e limita a ação do Estado para responder a situações de natureza inesperada ou excecional”, enumerou João Torres.