Moreira da Silva diz que maioria só é possível com demarcarção do Chega - TVI

Moreira da Silva diz que maioria só é possível com demarcarção do Chega

  • Agência Lusa
  • CF
  • 26 mai 2022, 23:36
Jorge Moreira da Silva apresenta a sua candidatura à liderança do PSD (Tiago Petinga/Lusa)

O candidato do PSD rejeita "ambiguidade" e afirma que "não pode haver nenhum tipo de diálogo com o Chega e muito menos negociação".

O candidato à liderança do PSD Jorge Moreira da Silva afirmou esta quinta-feira, em Braga, que o partido “não terá qualquer viabilidade de vencer eleições com maioria absoluta” se não se demarcar claramente do Chega.

Em declarações à Lusa antes de uma sessão com militantes, no âmbito da campanha para as diretas de sábado, Jorge Moreira da Silva sublinhou que só cortando com o Chega é que será possível seduzir o eleitorado moderado que umas vezes vota no PSD e outras no PS.

“A minha posição é cristalina. Considero que não pode haver nenhum tipo de diálogo com o Chega e muito menos negociação”, referiu.

Para o antigo ministro do Ambiente, o PSD “não terá qualquer viabilidade de vencer eleições com maioria absoluta se existir qualquer tipo de ambiguidade” na sua relação com o partido de André Ventura.

Por isso, considerou que o PSD tem de apresentar propostas para resolver “os grandes problemas” do país e assim captar muitos “votos de protesto” e alargar o seu espaço para eleitores “que muitas vezes alternam ou hesitam entre votar no PS ou no PSD”.

“Acredito que comigo será mais fácil o PSD chegar à maioria absoluta do que com alguém que, em termos práticos, está a admitir um relacionamento com o Chega que inviabiliza qualquer possibilidade de o eleitorado moderado vir a votar no PSD”, disse ainda.

Em relação às diretas de sábado, a que concorre também Luís Montenegro, Jorge Moreira da Silva disse que está em condições de “garantir uma solução dois em um”, com uma liderança que é capaz de fazer oposição e simultaneamente “ser portadora da credibilidade e da experiência que asseguram uma alternativa ao Partido Socialista.

Sublinhou que, nas diretas, não está em causa apenas a escolha de um líder da oposição, mas também de “alguém que possa ser visto pelos portugueses como podendo exercer a função de primeiro-ministro”.

“Não estamos a escolher um líder parlamentar ou um porta-voz do PSD, não estamos a escolher um líder que tenha apenas por função desgastar o Governo do PS”, vincou.

Num dia em que visitou empresas em Felgueiras e em Marco de Canaveses, Jorge Moreira da Silva defendeu ainda que Portugal “precisa de crescer”, porque “não cresce de forma sustentável há 20 anos”.

“O PSD tem de oferecer um projeto que oriente para um modelo de atração de investimento e reforço das exportações”, disse.

Para o candidato, urge o lançamento de reformais estruturais para criar um melhor contexto e um melhor ambiente para a atração de investimento.

As eleições para a liderança do PSD disputam-se no sábado, sendo os candidatos Jorge Moreira da Silva e Luís Montenegro.

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