Muitos saíram a dizer nem pensar ou até a falar em linhas vermelhas, mas houve agentes da polícia e militares da GNR que aceitaram a proposta do Governo para o aumento do suplemento de risco, que vai subir em 200 euros mensais já em julho, vendo nova subida de 50 euros em 2025 e ainda uma outra subida do mesmo montante em 2026.
Depois de ter visto vários sindicatos e associações saírem descontentes e sem assinarem o acordo, a ministra da Administração Interna recebeu os restantes para a assinatura dos papéis.
Os sindicatos da PSP que assinaram o acordo são o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e Sindicato Nacional da Carreira de Chefes (SNCC), enquanto as associações da GNR são a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) e Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG).
Do lado da PSP foram pelo menos quatro os sindicatos que se recusaram a assinar o acordo, enquanto a GNR apresentou uma associação representativa de várias plataformas para anunciar o mesmo fim. A causa, para todos eles, é a mesma: o aumento aprovado não dignifica a classe e deixa agentes e militares demasiado longe dos mais de 600 euros mensais auferidos pelos agentes da Polícia Judiciária, num tratamento que PSP e GNR veem como discriminatório.
Além do aumento de 300 euros, passando a variante fixa do suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, o acordo estabelecido prevê também, segundo as estruturas sindicais, revisão do estatuto profissional, alterações na tabela remuneratória em 2025 e na portaria da avaliação, revisão das tabelas dos remunerados e via verde na saúde.
O suplemento de risco e serviço nas forças de segurança é composto por uma componente variável de 20% do ordenado base e de uma componente fixa, que vai passar de 100 euros para 400 euros.