Reclusa que foi transferida por agressões ateia fogo à cela em Tires e fere cinco guardas - TVI

Reclusa que foi transferida por agressões ateia fogo à cela em Tires e fere cinco guardas

Estabelecimento prisional (Lusa/Tiago Petinga)

Incêndio terá começado quando a reclusa ateou fogo à roupa de cama e a objetos pessoais

A reclusa que, há cerca de duas semanas, agrediu dois guardas prisionais e uma colega de cela no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo voltou a protagonizar, esta segunda-feira, um episódio violento, desta vez no Estabelecimento Prisional de Tires, em Cascais.

A TVI e a CNN Portugal sabem que a reclusa, transferida para Tires após o incidente em Santa Cruz do Bispo, ateou fogo à cela na manhã desta segunda-feira, obrigando à intervenção urgente dos guardas de serviço e dos bombeiros.

Durante a operação de socorro, cinco guardas prisionais ficaram feridos, a maioria por inalação de fumo, tendo sido transportados para o Hospital de Cascais, onde ainda permanecem.

O incêndio terá começado quando a reclusa ateou fogo à roupa de cama e a objetos pessoais. O fumo espalhou-se rapidamente pelo piso, obrigando à evacuação temporária da ala e à mobilização de várias equipas de bombeiros.

Antes disso, proferiu várias ameaças aos guardas prisionais por alegadamente querer estar com as outras reclusas da prisão de Tires.

Há duas semanas, a mesma reclusa tinha agredido dois guardas prisionais e uma colega de cela na cadeia feminina de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos - episódio que levou à sua transferência para uma ala de maior segurança em Tires. Na altura, um dos guardas chegou a necessitar de hospitalização.

A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) abriu agora um novo inquérito interno para apurar as circunstâncias do incêndio e as medidas de segurança adotadas no estabelecimento prisional.

O Sindicato do Corpo da Guarda Prisional defende que este episódio mostra a má gestão de quem dirige os estabelecimentos prisionais. Frederico Morais, dirigente sindical, já tinha alertado para esta situação e refere que o incidente poderia ter sido evitado se a reclusa em questão tivesse sido colocada no Estabelecimento Prisional de Monsanto, como já tinha sido solicitado anteriormente.

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