Pelo menos 11 mortos num ataque bombista a uma igreja na República Democrática do Congo - TVI

Pelo menos 11 mortos num ataque bombista a uma igreja na República Democrática do Congo

  • Agência Lusa
  • DCT
  • 15 jan 2023, 14:29
Congo

O porta-voz militar Anthony Mwalushayi disse à agência Associated Press que o ataque bombista matou pelo menos seis pessoas e feriu mais de uma dúzia

Pelo menos 11 pessoas morreram este domingo num ataque bombista contra uma igreja em Kasindi, cidade fronteiriça entre a República Democrática do Congo (RDCongo) e o Uganda, que o Governo congolês atribuiu às Forças Democráticas Aliadas (ADF).

Segundo o portal de notícias congolês Actualité, o Governo condenou "vigorosamente" este ataque, perpetrado enquanto era celebrada uma missa na 8.ª Comunidade das Igrejas Pentecostais do Congo e que, segundo o executivo, foi "obviamente" obra das ADF.

"Os serviços de segurança tomaram o controlo do local após uma explosão que provocou várias mortes e danos materiais. Os feridos estão a ser retirados para instalações médicas", referiu o Ministério das Comunicações congolês.

"Investigações estão em curso para apurar a origem deste ato terrorista", acrescentou.

O porta-voz militar Anthony Mwalushayi disse à agência Associated Press que o ataque bombista matou pelo menos seis pessoas e feriu mais de uma dúzia.

Por sua vez, um porta-voz da sociedade civil congolesa avançou à agência espanhola EFE que pelo menos 11 pessoas morreram no ataque.

“Ainda é um balanço provisório, porque as vítimas estão em vários centros de saúde para onde foram transferidas, mas já foram encontrados 11 cadáveres", disse Delphin Mupanda.

As autoridades reiteraram as recomendações para que as pessoas “evitem aglomerações” e “estejam alerta” nesta zona, alvo recorrente de ataques das ADF, nomeadamente na autoestrada Beni-Kasindi.

AS ADF, um grupo ugandês ligado a extremistas islâmicos criado na década de 1990, são especialmente ativas no leste da RDCongo e têm sido acusadas do assassinato de centenas de civis.

O grupo sofreu uma divisão em 2019, após Musa Baluku – sancionado pelas Nações Unidas e pelos Estados Unidos – ter jurado lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico da África Central (ISCA), sob cuja bandeira opera desde então.

O aumento dos seus ataques em solo ugandês levou os dois países a lançar operações conjuntas no leste da RDCongo.

O ataque de hoje ocorreu em Kasindi-Luvirihya, uma localidade localizada entre a RDCongo e o Uganda, a 85 quilómetros da cidade de Beni, na província de Kivu do Norte, durante um serviço religioso.

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