BCP: «Não me incomoda ter o Estado como accionista» - TVI

BCP: «Não me incomoda ter o Estado como accionista»

BCP, Carlos Santos Ferreira

Sobre a linha de crédito, Santos Ferreira diz: «acho muito confortável que a linha do Estado exista»

O presidente do BCP disse esta quarta-feira que não lhe incomodaria ter o Estado português como accionista do banco, referindo-se a um eventual recurso à linha de capitalização de 12 mil milhões de euros.

«Não me incomoda ter o Estado como accionista. Não seria na minha vida situação virgem, pois tive o Estado na minha vida durante dez anos quando fui administrador da ANA -Aeroportos de Portugal», disse Carlos Santos Ferreira na apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano, em Lisboa.

O presidente do BCP disse ainda que o banco vai estudar várias opções para se recapitalizar, incluindo o recurso ao fundo de 12 mil milhões de euros, mas recusou a ida à linha ainda este ano.

Sobre a fusão entre bancos, o presidente do BCP afirma: «A fusão entre bancos, neste momento, arriscaria a destruir valor se fosse entre bancos de grande dimensão. É mais fácil fazer fusões em período de crescimento do que de recessão».

Bancos cumprirão requisitos

Sobre a linha de crédito, Santos Ferreira diz: «acho muito confortável que a linha do Estado exista».

«Todos os bancos devem estar a ponderar as opções para fazer face aos requisitos da EBA. Os 9% da EBA são mais exigentes que os 10% da troika para 2012. Todos os bancos estão a avaliar todas as hipóteses», acrescentou o presidente do BCP.

Recorde-se que o maior banco privado português registou prejuízos de 29 milhões de euros no terceiro trimestre do ano.

O banco divulga os resultados no dia em que as suas acções voltam a renovar novo mínimo histórico, nos 0,131 euros.
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