Sean “Diddy” Combs poderá em breve enfrentar novas acusações de mais de 100 homens e mulheres que obtiveram representação legal e planeiam intentar ações civis contra o magnata dos media nas próximas semanas, segundo o advogado Tony Buzbee.
Buzbee afirmou, durante uma conferência de imprensa na terça-feira, que a sua firma, The Buzbee Law firm, juntamente com o AVA Law Group, foram contratados por pelo menos 120 indivíduos “para intentar processos em tribunal civil” contra Combs, que os contactaram depois de “se terem declarado vítimas” de Combs e de outros indivíduos ou entidades.
Alguns dos processos que tencionam instaurar, diz Buzbee, centrar-se-ão em alegações de agressão sexual violenta ou violação, abuso sexual, facilitação de sexo com substâncias controladas, falsa prisão, prostituição forçada, má conduta sexual, divulgação de vídeos e abuso sexual de menores.
O músico e empresário foi indiciado por acusações federais, incluindo tráfico sexual, no início deste mês. Combs declarou-se inocente.
O advogado confirma que das 120 pessoas que contrataram a sua empresa (60 homens e 60 mulheres) 25 eram menores na altura dos alegados incidentes, que, segundo os próprios, ocorreram em Los Angeles, Nova Iorque e Miami durante festas e, por vezes, audições relacionadas com a indústria musical.
“Tal como a equipa jurídica do Sr. Combs sublinhou, ele não pode responder a todas as alegações sem mérito, naquilo que se tornou um circo mediático imprudente. Dito isto, nega categoricamente todas as suspeitas de que é alvo, considerando falsa e difamatória qualquer alegação de que tenha abusado sexualmente de alguém, incluindo menores”, disse Erica Wolff, advogada de Combs, à CNN na terça-feira.
Wolff acrescentou que o magnata “espera provar a sua inocência e defender-se em tribunal se e quando as queixas forem apresentadas e notificadas, onde a verdade será estabelecida com base em provas e não em especulações”.
O escritório de advogados planeia começar a apresentar estes casos nos próximos 30 dias, à medida que mantém um processo de verificação e recolha de provas.
Mais de 55% das vítimas “denunciaram o que aconteceu às autoridades, ou seja, à polícia ou aos hospitais”, conta Buzbee, enquanto a sua firma está a trabalhar ativamente para recolher registos das denúncias feitas.
O advogado também esclareceu que o seu escritório não está a apresentar uma ação judicial coletiva, pois cada caso será apresentado individualmente em vários Estados. Combs, disse, não será, em alguns casos, o único réu citado nas ações civis, pois Buzbee afirma que outros indivíduos e entidades podem também ser citados com base nas queixas e nas provas que recolheram.
Desde novembro passado que o agora suspeito foi objeto de 12 processos civis, 11 dos quais o acusam diretamente de agressão sexual. Combs negou muitas das alegações e resolveu uma queixa, mas ainda não respondeu a todos os processos que continuam ativos.
Atualmente, encontra-se detido no Metropolitan Detention Center, em Brooklyn, Nova Iorque, onde aguarda julgamento por três acusações de tráfico sexual e extorsão, depois de ter sido acusado por um grande júri. Os advogados de Combs estão a recorrer da sua detenção, pedindo a sua libertação enquanto aguarda o julgamento.
Uma fonte disse anteriormente à CNN que a maioria das pessoas que interpuseram ações civis reuniram-se com os investigadores federais durante a investigação que durou meses. Em março, as residências de Combs em Los Angeles e em Miami foram revistadas pelo Departamento de Investigações de Segurança Interna.
Após a detenção, as autoridades afirmaram que a investigação continua ativa e em curso.