Em Lisboa, coração da Jornada Mundial da Juventude, há 10 mil elementos da Polícia de Segurança Pública a garantir a segurança do maior evento alguma vez realizado no país. Mas os elementos da PSP que estão ao serviço na capital não são os únicos a garantir a segurança da JMJ. Em todo o país, de norte a sul do país, em eventos paralelos, acompanhamento de peregrinos, entre outros, há mais polícias ao serviço. Na verdade, fonte oficial da PSP confirmou à CNN Portugal que, ao todo, estamos a falar de 20 mil elementos em todo o país.
Dos 10 mil polícias, concentrados em Lisboa, fazem parte os cerca de sete mil elementos do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), mais cerca de três mil elementos que vêm de outros comandos do país para reforçar este contingente durante a JMJ. Por contabilizar fica o efetivo da Unidade Especial de Polícia, que também está no terreno.
Mas há um número de elementos que não foi avançado por ninguém: os polícias de outros países. Tal como da Interpol e Europol, que se deslocaram ao país para dar todo o apoio necessário nesta operação de segurança. Principalmente ao nível de informações e avaliações de risco.
GNR com operação especial em Fátima
Todos os dias, diariamente há uma média de 1500 militares da GNR nas ruas, a nível nacional, confirma fonte oficial à CNN Portugal. O contingente é adaptado consoante as necessidades. E certo é que a ida do Papa Francisco a Fátima vai obrigar a uma operação especial por parte da Guarda Nacional Republicana. Nesse dia, só na zona de Fátima vão estar cerca de dois mil militares da GNR.
Apesar da visita ao Santuário de Fátima, no dia 5 de agosto, ser apenas de duas horas, ela implica trabalho extra.
Mas em Lisboa a Polícia Municipal também foi chamada ao serviço. São 416 homens que, todos os dias, ajudam, por exemplo, na gestão de trânsito e estacionamento.
Fora destas contas estão os elementos das forças estrangeiras que vieram de outros países dar o seu apoio. Em Fátima a GNR irá contar com o apoio de elementos da Guardia Civil (Espanha), da Gendarmerie (França) e Carabinieri (Itália). Mas o número de efetivos não foi divulgado.
Nas últimas semanas, desde 22 de julho, o SEF retomou os controlos documentais em todas as fronteiras. Uma medida especial, ligada à JMJ, e que vai durar até 7 de agosto, em muitas situações com o apoio da GNR ou da PSP.
De referir ainda que tudo o que decidido foi coordenado com os serviços do Vaticano, responsáveis máximos pela segurança do Sumo Pontífice.
Em Lisboa, 16 mil elementos vão garantir a segurança do evento e incluem as forças de segurança, a proteção civil e a emergência médica. Todavia, o número é superior olhando para todo o país.
Na verdade, todas as zonas que possam ter uma grande concentração de pessoas, além dos recintos onde se realizam os eventos, como parques ou praias, também têm vigilância adicional garantida.
Recorde-se ainda que o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna foi o responsável pelo controlo e coordenação de todas as entidades envolvidas na segurança e proteção da JMJ. A operação começou a ser preparada há dois anos, mas de uma forma mais detalhada desde junho de 2022.
Nesta fase de planeamento houve cerca de 187 reuniões ou visitas técnicas que resultaram em 11 planos sectoriais de segurança. Um trabalho minucioso que envolveu 33 entidades diferentes de Portugal e não só.