Liga das Nações: Escócia-Portugal, 0-0 (crónica) - TVI

Liga das Nações: Escócia-Portugal, 0-0 (crónica)

Um bocejo de 90 minutos

Relacionados

Portugal empatou a zeros na deslocação à Escócia, nesta terça-feira, e viu o apuramento para a próxima fase da Liga das Nações ser adiado para novembro. Chegou a ter o bilhete na mão, quando a Croácia ganhava por 3-1 na Polónia, mas os polacos conseguiram empatar o jogo e mantiveram a seleção de Zlatko Dalic a três pontos de Portugal, que ocupa o primeiro posto do Grupo A1, com dez.

Neste jogo disputado em Hampden Park, em Glasgow, rareavam as chances de golo de parte a parte, com Craig Gordon (41 anos) a ser decisivo na reta final da partida. No entanto, faltou dinamismo no ataque aos homens de Roberto Martínez, que acabaram por ser inofensivos na maior parte do encontro.

RECORDE AQUI O FILME DO JOGO

Roberto Martínez confiou em seis jogadores diferentes no onze inicial, em relação ao último jogo. Entraram Cancelo, António Silva, João Palhinha, Vitinha, Francisco Conceição e Diogo Jota, para o 4-3-3 gizado pelo selecionador nacional. Recorde-se que foram excluídos do jogo Pedro Neto, Samu Costa e Tomás Araújo (por lesão).

Primeira parte amorfa da seleção portuguesa, após ter deixado ‘água na boca’ diante da Polónia. O adversário era diferente, o onze inicial também, mas o que é certo é que a qualidade de jogo foi baixa nos primeiros 45 minutos. Talvez pela forma como a Escócia ia anulando Portugal, obrigando os lusos a procurar os corredores para cruzar. Chegados a esse momento, os escoceses ganhavam no jogo aéreo e afastavam o perigo.

E foi a Escócia que começou a causar alguns calafrios - McTominay era oportunista e Che Adams testou Diogo Costa com um remate de primeira, na ressaca de uma bola parada. Felizmente, o tiro foi à figura. Portugal tinha dificuldades em entrar na área adversária e Ronaldo baixava bastante para tentar participar na criação de oportunidades. Mas estava algo ‘perdido’ nas Terras Altas escocesas.

A desorientação portuguesa na primeira parte ficou ilustrada num lance caricato, aos 28 minutos de jogo, com Nuno Mendes e Cristiano Ronaldo a atrapalharem-se na marcação de um livre indireto. Ronaldo riu-se do episódio.

O bocejar prolongou-se à segunda parte. Com ainda menos participação dos guarda-redes na partida, os primeiros 15 minutos da Seleção revelaram muitas dificuldades na criação de chances. Francisco Conceição tentava ‘sacar algum coelho da cartola’, mas a proeminência física dos adversários gorava as intenções do extremo.

As alterações promovidas pelo selecionador nacional à passagem da hora de jogo  - Bernardo por Chico, Leão por Jota e Neves por Palhinha - surtiram um efeito tímido, pelo menos na circulação de bola. No que toca a remates, nada. Foi até a Escócia que teve a primeira grande chance, não aproveitada pelo ex-Sporting Ryan Gauld. Cruzou mal para Scott McTominay, sozinho na área, e perdeu-se uma oportunidade.

A dez minutos do final, Ronaldo ameaçou finalmente a baliza escocesa. Após um cruzamento de Rúben Neves, o avançado do Al Nassr dominou dentro da grande área, contemporizou, mas o remate saiu ligeiramente ao lado. Ainda se pediu canto, mas foi dado pontapé de baliza.

A melhor chance de golo do jogo surgiu já aos 88m, com uma grande defesa do quarentão Craig Gordon, a remate de Bruno Fernandes. Rafael Leão ‘partiu’ o lateral Ralston, cruzou e Bruno rematou rasteiro. Uns reflexos felinos do guarda-redes escocês negaram o golo.

O nulo manteve-se, desde o início até ao final. Mérito para os defesas escoceses, que pareciam multiplicar-se quando surgia um remate luso. E quando a bola passou... estava lá Gordon. Portugal tem assim 10 pontos em quatro jogos nesta Liga das Nações, mais três do que a Escócia, seis do que a Polónia e nove que a Escócia. 

Continue a ler esta notícia

Relacionados