Bruno Fernandes falou sobre o momento da Seleção Nacional antes do jogo deste sábado com a República da Irlanda e sobre a ambição dos jogadores em conquistarem o Campeonato do Mundo no próximo ano.
Tiveram mais dias para preparar este jogo. A Irlanda perdeu na Arménia, mas a seleção encara este jogo com máxima responsabilidade?
«O resultado que eles obtiveram não é o mais importante para o jogo de amanhã, porque é um jogo completamente diferente, contra uma seleção diferente que é a nossa. Sabemos dos perigos que eles nos podem causar, sabemos que é uma seleção muito intensa, são muitos fortes nas segundas bolas, têm um futebol muito direto. As bolas paradas também são um dos pontos mais fortes deles. Sabendo tudo isto e tentando anular todos estes aspetos mais fortes, o nosso objetivo passa por ficar com a bola, ter paciência, procurar os espaços certos nos momentos certos porque sabemos que eles, defensivamente, são muito organizados. São uma seleção com um poderio físico muito grande. Há que fazer da melhor maneira para encontrar os golos, que é o que nós queremos.»
A seleção passa por um grande momento, sente que existe uma pressão extra por terem reforçado o estatuto com a conquista da Liga das Nações?
«Não, a seleção joga sempre para ganhar. Desde que cá cheguei, esse foi sempre o objetivo, independentemente do treinador ser diferente neste momento. Desde que cheguei que o objetivo foi ganhar. Ganhei a primeira Liga das Nações com outro treinador por isso acho que nunca nos passou pela cabeça nada que não fosse ganhar. Mesmo diante de outras seleções fortes, o nosso objetivo é ganhar todos os jogos em que estamos, independentemente da competição. O Mundial é um grande sonho, não só para nós, mas como para todos os portugueses. Desde muito pequeno que tenho esse sonho, enquanto via os outros jogar. Sempre foi mais um a tentar puxar pela seleção para que isso pudesse acontecer. Esse sonho estará sempre lá. Para nós não existe maior pressão agora porque para nós representar Portugal não é pressão nenhuma, é um privilégio. Não é toda a gente que tem esta oportunidade e nós, para além de sermos uns privilegiados, com isso vem uma grande responsabilidade de representar o nosso país.»
Em relação ao sonho de ganhar o Mundial. Falam sobre isso no balneário?
«O nosso primeiro sonho é ganhar o jogo amanhã, o segundo é garantir a qualificação e o terceiro, depois de lá estarmos, é sonhar com esse mundial. Nenhuma seleção vai para o Mundial a achar que não vai ganhar o grupo em que está incluído. Toda a gente entra em todos os jogos para ganhar. Num Mundial, num torneio tão curto, às vezes até com poucas vitórias consegue-se chegar a uma final. O nosso sonho está lá. O nosso e de todos os portugueses. Eu sonhei com isto desde muito pequenino e não era eu que estava lá. Sonhava com eles, queria que eles ganhassem, queria que Portugal chegasse ao topo do mundo. Assim irei continuar a sonhar até esse objetivo ser conseguido, seja agora ou mais tarde».