Roberto Martinez, selecionador de Portugal, quer foco total no jogo deste sábado frente à República da Irlanda e, antes disso, recusa falar numa qualificação antecipada ou no sonho de conquistar o Mundial 2026.
Qual a importância de garantir já a qualificação antes de novembro? Os últimos dois jogos podem ser já de preparação para o Mundial?
«Acho que primeiro o importante é ter o melhor desempenho possível frente à Irlanda e tentar ir passo a passo. É uma fase de apuramento esquisita, são só seis jogos, não há margem de erro. A nossa preparação foi muito boa, temos mais um treino e o foco é a Irlanda. Não podemos subestimar a Irlanda, teve um jogo difícil segundo jogo é sempre difícil, em 72 horas, quando precisas de viajar e a Arménia fez um bom jogo. Esperamos uma reação da Irlanda, é nisso que temos de nos focar, é é isso que é preciso, o resto pode ser perigoso».
Normalmente não tem tantos dias para preparar os jogos, o que lhe permitiu ter quase uma semana para preparar estes dois jogos?
«É importante. O estágio de setembro foi igual, mas tivemos de apanhar um avião e perdemos bastante tempo. É importante para relembrar os conceitos, para focar e para experimentar o que que queremos fazer no relvado. Nos outros estágios temos de apanhar ideias com ajuda do vídeo. Assim, podemos dar mais tempo aos jogaores que precisavam de recuperação. Os jogadores da Arábia Saudita tinham tido oúltimo há dez dias, precisavam de mais tempo de jogo. Tivemos um estágio mais individualizado, depois podemos estar mais tempo no relvado».
João Neves saiu da convocatória, em que condições é que chamou sabendo que ele tinha saído das opções para o jogo com o Barcelona?
«A nossa relação com o PSG é perfeita. A nossa comunicação é muito boa entre os departamentos médicos e entre as equipas técnicas. Na nossa convocatória, tínhamos a possibilidade do João jogar no último jogo. Há um jogo a seguir, é importante para nós continuar com os nossos jogadores para continuar a nossa metodologia. Não chamamos jogadores que não estavam aptos clinicamente no jogo antes da seleção. Não há qualquer confusão, não há uma situação diferente. Tivemos um estágio em outubro em que o João Cancelo e o João Neves, que foram importantes no estágio de setembro, agora temos a oportunidade de demonstrar que podemos continuar ao mesmo nível com jogadores diferentes. O nosso objetivo é ter um grupo maior, um grupo que consegue sincronizar os mesmos conceitos táticos, os mesmos valores da equipa, com jogadores diferentes. Quanto à polivalência, temos o Matheus Nunes que pode jogar na zona central, como a lateral direito. O Diogo Dalot pode jogar na ala esquerda e na direita. Temos uma polivalência que é muito importante para criar um grupo forte para os estágios e para o futuro».