Síria: mais de 200 mortos, metade crianças, em 2022 nos restos da guerra - TVI

Síria: mais de 200 mortos, metade crianças, em 2022 nos restos da guerra

  • Agência Lusa
  • PP
  • 25 dez 2022, 15:48
Uma rua na região controlada pelas forças rebeldes Salihin em Aleppo, na Síria. Foto: brahim ebu Leys/Anadolu Agency/Getty Images

O remanescente da guerra síria, tal como minas, explosivos e engenhos por explodir, continuam a detonar entre civis em diferentes regiões de várias províncias sírias

Os protestos populares para derrubar o governo sírio de Bashar al-Assad começaram em 2011, resultando numa guerra civil que se expandiu com o envolvimento de diferentes poderes, incluindo Moscovo, em 2015.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos indicou este sábado que 209 civis, das quais 106 crianças, foram mortos em 2022 pelos resquícios da guerra na Síria, que começou há 11 anos.

Para além das 106 crianças mortas, a Organização Não-Governamental (ONG), sediada no Reino Unido e com uma vasta rede de parceiros no terreno, disse que 93 homens e 10 mulheres morreram devido ao contexto de guerra que ainda persiste.

Além das vítimas mortais, 318 civis foram feridos, incluindo 190 crianças, 20 mulheres e 108 homens, revela o comunicado da ONG.

Segundo a mesma fonte, a província síria com mais mortes é Hama (norte), com 37 baixas, que foi a última região a ser recapturada na ofensiva governamental contra as fações armadas da oposição.

O remanescente da guerra síria, tal como minas, explosivos e engenhos por explodir, continuam a detonar entre civis em diferentes regiões de várias províncias sírias, recordou o Observatório, que apelou às partes em conflito para estabelecerem mecanismos de segurança e sensibilizarem para os perigos destes remanescentes.

"Estes [artefactos explosivos], que foram plantados por formações militares em diferentes regiões da Síria durante operações militares, são motivo de grande preocupação para os cidadãos sírios, que são sempre vítimas destas operações e do que ficou para trás", concluiu.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE