O conflito que se vive entre Israel e o Hamas e os episódios registados em França e Bélgica levaram as autoridades nacionais a aumentar o nível de alerta em Portugal. Segundo adiantou à CNN Portugal o gabinete do Secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), “os níveis de segurança das instalações diplomáticas, religiosas e outras, foram ajustados em função da avaliação da ameaça”.
Para isso, foram reforçados os dispositivos policiais, nomeadamente da PSP e da GNR.
Neste momento, adianta ainda o gabinete do SSI, está a ser reforçada a segurança em locais de culto e dos estabelecimentos de ensino judaicos existentes no país. “Estão a ser tomadas medidas de reforço da segurança junto das comunidades judaicas, nomeadamente das principais estruturas religiosas como sinagogas, escolas, entre outras”, adiantou o gabinete do SSI, explicando que a decisão foi tomada “tendo em conta a conjuntura atual, no que diz respeito ao conflito israelo-palestiniano que se verificou nos últimos dias”.
O embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, que preside este organismo do Estado que coordena a ação das forças e serviços de segurança, está “a acompanhar toda a situação”, sendo certo que não se exclui tomadas de medidas mais apertadas. Até porque o SSI admite que “pode haver situações que resultam do agravamento e expansão do conflito”.
Aliás, explica ainda o gabinete de Vizeu Pinheiro, a avaliação da ameaça “é dinâmica”.
Questionado sobre a diferença entre a ameaça que já existia em resultado da guerra da Ucrânia, o SSI garante que neste caso de Israel e do Hamas o cenário é muito diferente. “São situações bastante distintas em termos de avaliação de risco para a segurança interna. A guerra na Ucrânia tem uma vertente muito focada geograficamente. Esta ameaça mais convencional de natureza híbrida, resulta do aproveitamento do extremismo religioso que acaba por ter consequências em território europeu com a perpetração de atentados terroristas como aconteceu recentemente em França e na Bélgica”.