SLN: associação avança para tribunal contra o Estado - TVI

SLN: associação avança para tribunal contra o Estado

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Accionistas querem indemnização pela nacionalização do BPN

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[Notícia actualizada às 15h]

A Associação de Defesa dos Accionistas da Sociedade Lusa de Negócios, que representa 26% da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), contestou, esta quarta-feira, o Estado por ter descartado o pagamento de uma indemnização pela nacionalização do Banco Português de Negócios e garantiu ter sido já interposto recurso em tribunal.

Para o presidente desta associação, António Vilela da Silva, são quatro as principais questões que querem ver resolvidas: «qual era o valor do activo no momento da nacionalização do BPN e quais os prejuízos do banco». Ao mesmo tempo, reclamam «a clarificação dos motivos para não indemnizarem os accionistas e dizerem porque é que ao activos não têm valor».

Em conferência de imprensa, a associação, que foi constituída este mês e tem por motivação a defesa dos interesses dos pequenos e médios accionistas da Sociedade Lusa de Negócios, diz-se preocupada com o futuro da SLN e quer ter voz nas decisões e lutar contra a «hegemonia da SLN Valor».

Note-se que a SLN Valor é accionista da SLN e detém 30% do capital da sociedade. Por isso, Vilela da Silva afirma que «era bom que a SLN Valor não entre em insolvência».

Em Novembro, na Assembleia-Geral de Accionistas para apresentação das contas intercalares, esta associação vai reclamar o futuro da SLN baseada em três pilares: imobiliário, carros e saúde.



Banco nacionalizado é accionista da SLN

O BPN tem há dois meses uma pequena participação accionista na SLN, sua antiga dona antes de ser nacionalizado, tendo adquirido cerca de dois milhões de acções por 2,5 euros cada.

«Uma sociedade que tinha uma dívida com o BPN, tinha dado como garantias acções da SLN. Como não pagou, o banco exerceu o seu direito sobre a garantia, passando a deter desde há dois meses, dois milhões de acções a um custo unitário de 2,5 euros», disse António Vilela, presidente da associação.



Duras críticas a Miguel Cadilhe

Os accionistas da SLN não poupam críticas ao «reinado» de Miguel Cadilhe no BPN. «Havia uma grande expectativa na sua equipa. Esperávamos que um homem, vindo da banca, catapultasse o BPN em vez de o deixar nacionalizar», disse Vilela da Silva.

Para o presidente da nova associação de accionistas, o «excesso de mediatismo do caso» aliado ao que considera ser uma «partidarização do cargo» - levando a uma constante «crispação com o Banco de Portugal» - não ajudou à salvaguarda do «nome e imagem da SLN».
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