Mais de uma dezena de trabalhadores não docentes estão concentrados desde as 08:00 de hoje frente à Escola Secundária Vergílio Ferreira, em Lisboa, em protesto contra a falta de pessoal nas 10 escolas do agrupamento.
O pessoal não docente critica também a municipalização das escolas.
Em declarações à agência Lusa, Luís Esteves, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas, adiantou que tal como em muitas escolas, o Agrupamento Vergílio Ferreira vive uma situação grave de falta de pessoal.
De acordo com o sindicalista, todas as escolas do agrupamento estão hoje de manhã encerradas devido a este protesto.
Na escola Vergílio Ferreira “existem 1.208 alunos para 20 funcionários, mas apenas em teoria, dado que deste total, quatro estão de baixa e cinco em trabalhos melhorados e horário reduzido devido à idade", disse.
Para Luís Esteves, o ideal seria reforçar esta escola com mais 10 funcionários.
“O facto é que os trabalhadores passam em constante correria entre diversas escolas do Agrupamento para tentar colmatar as faltas de pessoal não docente. Esta situação leva a um grande desgaste", disse.
Luís Esteves disse também ser lamentável que nem Ministério da Educação, nem a Câmara Municipal de Lisboa “queiram assumir que as escolas têm falta de trabalhadores não docentes.
O Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira integra a EB D. Luís da Cunha, EB Lumiar, EB Luz Carnide, EB Prista Monteiro, EB S. Vicente, EB Telheiras, EB nº1 Telheiras, ES Vergílio Ferreira, JI Horta Nova e JI Telheiras.
O Ministério da Educação anunciou em fevereiro a contratação de 1.067 funcionários para as escolas e a criação uma bolsa que permitisse aos diretores substituir trabalhadores de baixa médica.
A medida dos ministérios da Educação e das Finanças tinha por objetivo dar uma resposta às inúmeras queixas de diretores que, em alguns casos, tiveram de encerrar serviços destinados aos alunos – como bar, biblioteca ou ginásios - ou mesmo que fechar a escola por falta de funcionários que garantissem a segurança dos estudantes.