Pesca industrial contra argumentos da Greenpeace - TVI

Pesca industrial contra argumentos da Greenpeace

Greenpeace

Associação reage a campanha dos activistas ambientais nos supermercados

Relacionados
Os representantes da pesca industrial consideram que a maioria dos peixes comercializados em Portugal respeita as quotas legais, contrariando uma acção da Greenpeace, que insiste na necessidade de sensibilizar os consumidores para as espécies em vias de extinção, informa a agência Lusa.

Recorde-se que na quarta-feira, um grupo de activistas da Greenpeace Portugal entrou no supermercado das Amoreiras, em Lisboa, para distribuir pelos consumidores e vendedores uma «lista vermelha de peixes» em vias de extinção e que - aconselham os ecologistas - não devem ser vendidos ou comprados.

Depois disso, a Associação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI) veio dizer, através de um comunciado, que essa acção da Greenpeace foi de «folclore», já que «das espécies identificadas pelo Greenpeace (...) há uma minoria sujeira a planos de recuperação».

Com esses planos, as captura desses peixes estão muito limitadas, refere a ADAPI, acrescentando que «a esmagadora maioria dos peixes com valor comercial é pescada com respeito pelos limites máximos de captura anual.»

Em resposta a esta posição dos pescadores, os activistas reagiram reafirmando que a sua intenção com as acções de sensibilização, como aquela que efectuaram esta semana em Lisboa, visa «garantir a subsistência dos pescadores e do futuro dos seus negócios».

Citando dados da Nações Unidas, a Greenpeace nota que três quartos dos stocks de peixe mundial já estão explorados, sobreexplorados ou esgotados e que 88 por cento dos stocks de peixe em águas comunitárias estão sobreexplorados.

Os activistas criticam ainda, em comunicado, a forma com são estabelecidas as quotas de pesca: «As decisões de quotas são meramente políticas e a maior parte das vezes ignoram as recomendações dos cientistas».
Continue a ler esta notícia

Relacionados