Noite Branca: testemunha acusada por não colaborar - TVI

Noite Branca: testemunha acusada por não colaborar

Julgamento de Pidá

Ministério Público avança com processo contra Cláudio Pereira, testemunha do homicídio de Aurélio Palha

O Ministério Público (MP) avança esta sexta-feira com o processo contra Cláudio Pereira, testemunha-chave do homicídio do empresário Aurélio Palha, por não ter colaborado com a Justiça, noticia a Lusa.

A procuradora do processo «Noite Branca» invocou o artigo 360.º do Código Penal, que determina punição a quem «sem justa causa, se recusar a depor».

Cláudio Pereira depôs durante esta manhã, mas pouco ou nada disse sobre a sua alegada participação numa reunião preparatória do ataque violento de 2007, no Porto.

No depoimento, a testemunha-chave do processo respondeu a quase tudo com a expressão «não me lembro» e em algumas circunstâncias invocou o artigo 132.º do Código do Processo Penal, que refere que «a testemunha não é obrigada a responder a perguntas quando alegar que das respostas resulta a sua responsabilização penal».

Cláudio Pereira, acompanhado pelo seu advogado, admitiu apenas que conhecia da infância os acusados pelo homicídio do empresário e da tentativa de homicídio do segurança «Berto Maluco», mas que não eram seus amigos.

«Conheço os arguidos da infância, mas desses nomes não me lembro, não me dizem nada», declarou.

Ainda durante a sessão desta manhã, depôs o chefe da PSP José Palha, irmão de Aurélio e um dos primeiros polícias a chegar ao local na altura do crime.

José Palha explicou que se centrou no estado do seu irmão quando chegou ao local e disse ainda ter estranhado que Alberto Ferreira se mantivesse no local de braços cruzados após o homicídio.

O chefe da PSP alegou ainda desconhecer problemas que o irmão pudesse ter e que tivessem originado o crime.

Andrea Machado, outra testemunha-chave, também deveria depor no início da sessão, mas não compareceu em tribunal. Andrea Machado é a companheira da única testemunha ocular do crime, o segurança Alberto Ferreira, que posteriormente também foi abatido a tiro.

Aurélio Palha foi morto a tiro a 27 de Agosto de 2007 quando se encontrava à porta da sua discoteca do Porto, o «Chic», a conversar com o segurança Alberto Ferreira, que mais tarde, em Dezembro, também foi abatido a tiro, à porta de sua casa.

Pelo crime consumado do empresário e tentado do segurança estão acusados Bruno Pinto («Pidá»), Mauro Santos, Tiago Nogueira («Chibanga») Miguel Silva («Palavrinhas»), Ângelo Ferreira («Tiné») e Augusto Soares.
Continue a ler esta notícia