Um ambiente pacífico marca, desde as 9h00, os trabalhos de demolição de barracas no bairro do Fim do Mundo, em Cascais, apesar de críticas da comissão de moradores à «burocracia» e à alegada «discriminação» dos processos de realojamento, informa a Lusa.
Segundo informação disponibilizada pelo grupo, está prevista a demolição de nove casas e o consequentemente desalojamento de dois casais, depois de uma «pequena vitória na luta pelo direito à habitação», que permitiu a disponibilização de alojamento para sete agregados.
Demolições: indignação no bairro Fim do Mundo
Polémica no Fim do Mundo
Fonte camarária garantiu, no entanto, que serão deitadas abaixo oito barracas, correspondentes a doze agregados familiares.
No local, cerca de duas dezenas de pessoas assistem às demolições sob um clima pacífico, que o presidente da comissão de moradores, Armando Sá, justifica com uma mudança de postura dos serviços camarários.
«As pessoas que moram nestas casas destruídas hoje [quinta-feira] foram contactadas e já estavam à espera deste dia. Independentemente da situação em que vão ficar, sabemos que não vale a pena sermos agressivos», disse, sublinhando, porém, que a autarquia continua a não dar respostas a todos os habitantes que ficam sem barracas.
«Há pessoas a morar aqui há quinze anos e que não estão inscritas no PER [Programa Especial de Realojamento], porque não têm filhos ou são sozinhas. Tem sido um processo muito burocrático e um problema de discriminação transversal a todas as nacionalidades e condições», lamentou o responsável.
Demolições: ambiente pacífico no Fim do Mundo
- Portugal Diário
- 6 mar 2008, 12:30
Moradores criticam, no entanto, «burocracia» e alegada «discriminação» no realojamento
Relacionados
Continue a ler esta notícia