Portugueses casam-se cada vez menos

O número de casamentos diminuiu cerca de 25 por cento entre 2000 e 2006, queda atribuída exclusivamente à redução dos matrimónios católicos em 39,6 por cento, indicam dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), informa a agência Lusa. Pelo contrário, os Indicadores Sociais do INE referentes a 2006, aponta para uma ligeira subida de 2,1 por cento nos casamentos civis naquele sete anos.

Na idade média com que foi concretizado o casamento, nos homens passou dos 27,5 para os 29,1 anos, aumento comum às mulheres, que passou dos 25,7 para os 27,5 anos.

Parlamento adia discussão sobre casamentos gay

Sexo antes do casamento?

Outro aumento considerável aconteceu no número de nascimentos fora do casamento, que passou, nos sete anos em análise, dos 22,2 para os 31,6 por cento, a par de uma subida da idade média em que as mães tiveram o primeiro filho, que passou de 26,5 para 28,1 anos, de acordo com os indicadores do INE.

Em 2006, quase metade das famílias (45,7 por cento) era constituída por uma ou duas pessoas, valor que indica um acréscimo em relação a 2006, quando a percentagem era de 42 por cento. Quanto ao número de filhos, as famílias sem descendentes passaram de 39,8 para 42,8 por cento nos sete anos avaliados, com um filho aumentaram de 31,3 para 32 por cento, com dois diminuíram de 22,2 para 20,3, como três também desceram de cinco para 3,9 e com quatro a redução foi de 1,7 para um.

Nos índices da população em geral registou-se um aumento dos residentes em Portugal de 3,3 por cento, o que revela uma subida média anual de 0,5 por cento, que é atribuída ao aumento dos imigrantes que chegaram ao país.

Já quando a análise é feita por sexo, o número de homens aumento mais que o de mulheres (3,6 por cento contra 3,1), o que fez passar a relação de masculinidade de 93,3 homens por cada 100 mulheres em 2000 para 93,8 em 2006.

Os Indicadores Sociais do INE confirmam a anterior tendência de envelhecimento da população, traduzida no aumento percentual de 16,4 por cento para 17,3 das pessoas com mais de 65 anos de idade.