A PJ fez, esta quinta-feira, 49 buscas simultâneas no âmbito da Operação «Tecto Falso». As buscas foram efectuadas a empresas de construção civil por suspeita de fraude fiscal qualificada e associação criminosa, tendo sido constituídos 29 arguidos, escreve a Lusa.
A alegada rede mandava fazer e posteriormente vendia facturas falsas, emitidas em nome de empresas de construção civil, na sua maioria «sociedades unipessoais e empresas de vão de escada, sem instalações e com domicílios fiscais inexactos», o que as tornava dificilmente localizáveis.
As autoridades já identificaram centenas de sociedades comerciais que adquiriam estas facturas, no valor total de mais de 57 milhões de euros, com o objectivo de as incluir na sua contabilidade, criando custos fictícios para abatimento fiscal em sede de IRC.
O esquema permitia ainda aos empresários deduzir ou receber reembolsos de impostos que não pagaram, em sede de IVA, provocando um prejuízo estimado para o Estado português que ascende a 11 milhões de euros.
Conduzida há cerca de um ano pela PJ e pela Direcção-Geral de Contribuições e Impostos, a Operação «Tecto Falso» foi realizada no seguimento de outras duas operações policiais, tendo, no total, sido feitas cerca de 150 buscas, constituídos 100 arguidos e detidas duas pessoas.
Operação «Tecto Falso» fez 29 arguidos
- Redação
- CP
- 18 jul 2008, 13:38
Suspeita de fraude fiscal na construção civil levou a 49 buscas. Prejuízo do Estado pode ser de mais de 11 milhões de euros
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