A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reiterou, esta quarta-feira, que há "múltiplas medidas" no arranque do novo ano letivo para prevenir infeções pelo novo coronavírus, salientando que a distância mínima de um metro entre alunos não deve ser "vista isoladamente".
As medidas previstas para as escolas são múltiplas. Não é apenas uma medida", afirmou Graça Freitas, durante a habitual conferência de imprensa sobre a pandemia da covid-19 em Portugal.
De acordo com a diretora-geral de Saúde, o documento com as orientações para as escolas no arranque do novo ano letivo prevê medidas como "circuitos diferentes, utilização de máscaras por toda a comunidade educativa, uma determinada disposição das carteiras nas salas, uma determinada utilização dos espaços e a sua higienização".
Segundo Graça Freitas, relativamente ao distanciamento entre alunos, o que "ficou escrito e consensualizado" entre o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde determina que, "sempre que possível, deve garantir-se um distanciamento físico entre alunos de pelo menos um metro, sem comprometer o normal funcionamento das atividades letivas".
Isto ficou redigido assim exatamente para que não seja comprometida a atividade letiva", realçou a diretora-geral da Saúde, salientando que a medida de segurança associada ao distanciamento entre alunos não pode ser "vista isoladamente".
A Associação Sindical dos Professores Licenciados pediu no sábado reuniões negociais urgentes com o Ministério da Educação sobre a abertura do ano letivo, por considerar que as orientações da tutela são insuficientes para acautelar o risco de transmissão de Covid-19.
O Governo está a preparar o próximo inverno, para uma eventual segunda vaga de Covid-19, com reforço, em termos humanos e técnicos so Sistema Nacional de Saúde e da Saúde Pública. A Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, especificou, esta quarta-feira, na conferência de imprensa em que foi feito o ponto da situação epidemiológica, que esse reforço será feito, nomeadamente, na Madicina Intensiva e a nível laboratorial. As medidas, assegurou a governante, estão já previstas no Orçamento Suplementar.
Portugal regista esta quarta-feira mais oito mortes e 375 casos novos casos de infeção por Covid-19, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS). 288 dos quais na região de Lisboa e Vale do Tejo.
O total de vítimas mortais é, agora, de 1.676 enquanto os casos confirmados como positivos são 47.426.
O boletim desta quarta-feira regista ainda mais 560 doentes recuperados, num total de 32.110 pessoas que foram consideradas curadas.