Meningite: menino português internado em Badajoz

Um rapaz de três anos, natural de Terrugem (Elvas), está internado há três dias no Hospital Infanta Cristina, em Badajoz (Espanha), com meningite meningocócica tipo B, revelou hoje a delegada de Saúde de Elvas, Maria João Reis.

Em declarações à agência Lusa, a responsável explicou que as análises efectuadas à criança, que deu entrada na unidade hospitalar na segunda-feira, já revelaram «meningite meningocócica tipo B e sepsis meningocócica (infecção generalizada)».

O «elevado» factor de contágio desta doença levou as autoridades de Saúde a tomar várias medidas de prevenção.

As instalações da creche que a criança frequenta foram de imediato vistoriadas, tendo os irmãos e familiares sido medicados.

«Não há, para já, registo de mais casos. Estamos perante uma situação isolada», garantiu Maria João Reis, revelando ainda que este tipo de meningite não é muito frequente nesta altura do ano, sendo mais comum no final do Inverno e início da Primavera.

A delegada de Saúde sublinhou ainda que o quadro clínico do menino está a evoluir «favoravelmente», uma vez que a patologia foi «detectada atempadamente».

«A criança já abandonou a unidade de cuidados intensivos e encontra-se agora a evoluir favoravelmente na enfermaria de pediatria do Hospital Infanta Cristina», concluiu.

De acordo com a Direcção-Geral de Saúde, a doença meningocócica pode manifestar-se sob a forma de meningite ou septicemia (infecção generalizada).

Trata-se de uma doença contagiosa, que só se transmite de pessoa a pessoa e que é causada por uma bactéria («Neisseria meningitidis» ou meningococo).

As crianças são o grupo mais atingido, principalmente nos primeiros anos de vida.

O meningococo tem vários serogrupos e, na Europa, os mais frequentes são o B e o C.

Em Portugal, a vacina MenC (contra meningites e septicemias provocadas pelo meningococo C) entrou no Programa Nacional de Vacinação a partir de Janeiro de 2006.

Febre alta, convulsões ou alterações do comportamento, sinais de reacção alérgica grave, como dificuldade respiratória ou respiração ofegante, rouquidão, urticária, palidez, fraqueza, batimentos cardíacos acelerados ou vertigens são os sinais de alerta.