Médicos criticam fecho «precipitado» da MAC - TVI

Médicos criticam fecho «precipitado» da MAC

Maternidade Alfredo da Costa (Filipe Caetano)

Sindicato alerta para as graves consequências dessa medida para profissionais, utentes e bebés

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A Federação Nacional dos Médicos afirmou que houve uma «precipitação» do Governo em encerrar a Maternidade Alfredo da Costa, alertando para as «gravíssimas consequências» que esta decisão pode acarretar para as grávidas, recém-nascidos e profissionais de saúde.

A administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) anunciou na quinta-feira que a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) vai encerrar até ao final do ano e as equipas médicas vão ser transferidas para o Hospital D. Estefânia.

O encerramento da MAC protagonizou um debate aceso entre Francisco Louçã e Passos Coelho no Parlamento.

O futuro dos profissionais de saúde é uma questão que preocupa a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

«É uma situação, na generalidade dos casos, completamente obscura porque nem o Ministério da Saúde (MS), nem o Governo alguma vez explicaram quais as medidas que vão aplicar àquele conjunto alargado de profissionais dos vários sectores de atividade», disse à agência Lusa Mário Jorge Neves.

O sindicalista sublinhou que estes profissionais «não sabem qual vai ser o seu futuro profissional e até o seu futuro a nível familiar».

«Podem ser adotadas medidas de mobilidade especial que podem criar problemas adicionais graves do ponto de vista da funcionalidade das famílias», alertou.

Para Mário Jorge Neves, houve uma «precipitação de datas» por parte do MS no fecho desta unidade, defendendo que toda a capacidade instalada e funcional da MAC devia ser salvaguardada integralmente até à abertura do futuro Hospital de Todos-os-Santos.

Para o médico, esta decisão revela também «uma enormíssima desorientação, porque num mês o ministério diz uma coisa, noutro mês diz outra».

Para Mário Jorge das Neves, a maior preocupação prende-se com as doentes e os recém-nascidos que necessitam de uma «unidade de elevada diferenciação, que caracteriza a MAC há larguíssimas décadas».

O CHLC justificou a decisão do encerramento da MAC com a existência de três novas unidades hospitalares na região de Lisboa (Cascais, Loures e Vila Franca de Xira).
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