Caso SEF: mais cinco arguidos no caso da morte de Ihor Homeniuk - TVI

Caso SEF: mais cinco arguidos no caso da morte de Ihor Homeniuk

  • Luís Varela de Almeida
  • 5 ago 2021, 10:52

Já foram condenados três inspetores, mas o caso pode não ficar por aqui

O Ministério Público constituiu mais cinco arguidos pelo crime de omissão de auxílio ao cidadão ucraniano que morreu no aeroporto de Lisboa no ano passado, sabe a TVI.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a existência de mais cinco arguidos no âmbito de um inquérito instaurado em 2020 e que está em segredo de justiça e sublinha que “ainda não foi proferido despacho de acusação”.

A informação surge depois de três inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) terem sido condenados a 10 de maio deste ano pela morte de Ihor Homenyuk, no centro do aeroporto, a 12 de março de 2020.

O jornal diz que os cinco arguidos serão seguranças da empresa Prestibel e “são suspeitos numa investigação que está em segredo de justiça e que decorre do despacho de acusação feito a 30 de setembro do ano passado contra os três inspetores do SEF”.

Diz ainda que esta foi “uma opção criticada pela defesa dos arguidos” que “sempre tentou implicar seguranças e outros inspetores nos acontecimentos e considerava que não deveriam estar no banco dos réus apenas os três inspetores”.

A 15 de julho, numa notícia inicialmente avançada pela TVI “a procuradora que acompanhou o julgamento, Leonor Machado, mandou extrair certidão e proceder criminalmente contra mais sete pessoas, três inspetores do SEF (António Sérgio Henriques, na altura diretor de Fronteiras do SEF, João Agostinho, inspetor coordenador, e João Diogo, inspetor-chefe) e quatro seguranças (Manuel Correia, Paulo Marcelo, Jorge Pimenta e Rui Rebelo) — todos por omissão de auxílio, mas os dois primeiros seguranças também por ofensas à integridade física grave”.

A morte de Ihor Homeniuk, em março de 2020, à guarda do SEF motivou uma crise política, a que se seguiu uma reestruturação deste serviço, que o ministro da Administração Interna justificou estar há muito prevista no programa do Governo, mas que não agrada aos sindicatos do setor.

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