Custo de vida afasta imigrantes nórdicos - TVI

Custo de vida afasta imigrantes nórdicos

  • Portugal Diário
  • Ana Sofia Santos
  • 12 fev 2008, 16:58
Turistas

Perfil do estrangeiro da Europa do Norte está a mudar: ficam os que têm grande poder de compra

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Cerca de 260 mil estrangeiros do Norte da Europa escolheram Portugal para viver. A facilidade em viajar é um dos principais factores responsáveis pelo crescimento deste mercado. Os voos low cost e regulares atraem novas famílias para o nosso país, nomeadamente para o Algarve. Mas 2007 foi também o ano em que mais nórdicos deixaram o nosso país. Um estudo do jornal The Portugal News revela que a principal razão é o aumento do custo de vida.

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Os autores do estudo elaboraram um «cesto de compras» de produtos essenciais que são comprados semanalmente e compararam os preços dos produtos de um hipermercado inglês e de outro português. O custo total dos produtos em Inglaterra foi de cerca de 43 euros, ao passo que o total dos produtos em Portugal ultrapassou os 46 euros.

«O que inicialmente atraiu os estrangeiros a mudarem-se para Portugal, foi o baixo custo de vida» em comparação com Inglaterra. Mas actualmente o «custo de vida do dia-a-dia destes dois países já está muito aproximado», refere o estudo.

Menos optimistas

Em 2007 os estrangeiros a residir em Portugal estão menos optimistas em relação à economia. Apenas cerca de 45 por cento conseguem ver melhorias na economia portuguesa, uma descida de cinco por cento em relação 2006.

Mais de 52 por cento pensa que o Governo Socialista está a melhorar ou se encontra estável. Mais de 74 por cento considera, no entanto, que a burocracia em Portugal está na mesma ou a piorar.

Estilo de vida

«Mudar-se para Portugal passou a ser uma decisão de estilo de vida e não uma decisão relacionada com custo de vida», o que, segundo revela a pesquisa, mudou o perfil do estrangeiro da Europa do Norte: «Tem um grande poder de compra e aprecia a segurança, o clima e a hospitalidade» do nosso país.

Mais de 60 por cento escolhem escolas portuguesas para a educação dos seus filhos, sendo que o resultado é «uma nova geração de estrangeiros que se integra por completo na comunidade portuguesa».

Até à data existem em Portugal 14 Escolas Internacionais reconhecidas a nível europeu, sete das quais no Algarve.

Quase 80 por cento dos inquiridos tem residência permanente em Portugal. Mais de 52 por cento dos inquiridos é reformado e cerca de 25 por cento é empresário ou pertence a quadros superiores.

O estudo conclui que o perfil do mercado estrangeiro «está a mudar na direcção das camadas mais jovens. Os donos de empresas são agora muito mais jovens: cerca de 30 por cento encontram-se na faixa etária abaixo dos 35 anos e quase 50 por cento entre os 35 e os 50 anos».
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