Onze pessoas ficaram feridas num incêndio que deflagrou na madrugada de hoje nas garagens de um edifício de habitação em Santa Maria da Feira (Aveiro) e obrigou ao resgate de sete pessoas, segundo a Proteção Civil.
Segundo o Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Aveiro, o fogo teve início nas garagens de um prédio na localidade de Travanca, em Santa Maria da Feira, pelas 03:39.
Pelas 07:20 estavam ainda no local 33 operacionais apoiados por 13 viaturas dos bombeiros de São João da Madeira, Feira e Arrifana e a GNR.
Segundo o CDOS, sete pessoas tiveram de ser resgatadas e três foram transportadas pelos bombeiros para o hospital.
As autoridades continuam a acompanhar a situação e a avaliar se será preciso realojar alguns dos moradores.
Famílias podem regressar a casa ainda hoje
As famílias que esta madrugada foram retiradas do prédio poderão regressar a casa ainda esta quinta-feira, revelou o vereador da Proteção Civil da autarquia local.
Em causa está um edifício de apartamentos na freguesia de Travanca, onde o fogo que deflagrou na respetiva garagem obrigou à saída de 18 inquilinos, sete dos quais "tomaram a iniciativa de saltar das varandas para o tejadilho de uma autocaravana próxima".
O vereador Vítor Marques afirma, contudo, que o incêndio não foi grave: "Foi só na garagem e nenhum carro ardeu, sequer. O que assustou foi o fumo e isso é que deixou as pessoas em pânico".
A vistoria técnica ao local apurou que "o que está em pior estado são as paredes do vão de escada, que agora têm que ser limpas", enquanto o interior das habitações "está igual ao que estava", apenas sem eletricidade e saneamento.
"O local já foi avaliado por uma comissão de engenheiros e arquitetos e não há qualquer problema estrutural", garante Vítor Marques.
Explicou ainda que "a única questão para resolver é a eletricidade e a canalização, porque os tubos que passavam na garagem derreteram com a carga térmica".
Adiantando que essa situação se deverá resolver "ainda hoje", o autarca diz que as famílias retiradas do prédio poderão regressar a casa até ao fim do dia, mas não põe de parte eventuais "dificuldades psicológicas", pelo que tem já preparadas soluções alternativas: "Há familiares que os podem acolher, mas a câmara também tem casas disponíveis na habitação municipal de Fiães e, possivelmente, da Feira".
Quanto ao estado de saúde dos três feridos transportados para o Hospital São Sebastião, o vereador informa que só dois justificam maior atenção: um porque "fez algumas escoriações e pode ter fraturado o fémur ao saltar para a caravana" e outro porque "recebeu um transplante de coração há pouco tempo e, por precaução, ficou agora em avaliação mais controlada".