Crato: «Não é o fim do mundo. Se houver erros, corrigem-se» - TVI

Crato: «Não é o fim do mundo. Se houver erros, corrigem-se»

Ministro da Educação já está habituado às críticas dos sindicatos, mas salienta que o ano letivo começou com «normalidade»

«Não é o fim do mundo», para o ministro da Educação, se existirem erros na colocação de professores. Isto porque, se isso acontecer, os erros surgem precisamente para serem corrigidos.

Professores e sindicatos têm revelado problemas e irregularidades na colocação de docentes, que o ministro desvalorizou: «Há sindicatos dos quais esperamos sempre críticas, já sabemos. Há sempre críticas e há sempre pormenores que são pegados como sendo o fim do mundo. Não é o fim do mundo», disse Nuno Crato, citado pela Lusa, no Palácio das Laranjeiras.

O ministro foi confrontado com perguntas relativas ao protesto de docentes que encontrou hoje na inauguração de uma escola em Viseu, organizado pela Federação Nacional de Professores (Fenprof).

«Estamos no início do ano letivo, que está a decorrer com normalidade. Num sistema que é tão grande, e que movimenta tantas escolas, tantos recursos, é possível que haja um erro ou outro, mas os erros são para ser corrigidos», acrescentou.

«Os erros que existam e que nos sejam comunicados, com certeza que serão corrigidos. O sistema tem mecanismos para corrigir esses problemas. Se existirem, serão corrigidos».

Tanto o ministro da Educação, como o primeiro-ministro, que também viajou até Viseu, foram recebidos com assobios naquela cidade, por perto de uma centena de professores, à entrada do novo centro escolar de Sernancelhe.

«Está na hora de o Governo ir embora» e «Educação é um direito, sem ela nada feito» foram algumas das palavras de ordem dos professores presentes naquela manifestação.

Passos Coelho também falou sobre a polémica da colocação de professores, preferindo realçar que « fizemos melhor do que o ano passado e o ano passado do que no anterior, o que significa que felizmente há este ano muito menos horários zero no fim desta fase».

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, pretendia entregar ao ministro da Educação, Nuno Crato, uma carta sobre os «problemas na abertura do ano letivo, nomeadamente irregularidades nas colocações dos professores».

Quase metade das escolas esgota horas disponíveis para gestão

O governante com a pasta da Educação revelou ainda, na mesma conferência de imprensa, que quase metade das escolas utilizou no último ano letivo a totalidade das horas que os professores têm disponíveis para tarefas de gestão.

Houve 386 escolas que declararam usar 99% ou a totalidade das horas que tinham atribuído para a gestão dos estabelecimentos ou para apoio a alunos. Ou seja, 48% do total, quando em 2012-2013 eram 40%.
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