Independente: ex-reitor prescinde de Sócrates - TVI

Independente: ex-reitor prescinde de Sócrates

Tomada de posse do Governo (Tiago Petinga/Lusa)

Luiz Arouca não quer transformar processo num «de cariz político»

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A defesa de Luiz Arouca, ex-reitor da Universidade Independente, prescindiu da inquirição do ex-primeiro-ministro José Sócrates como testemunha no processo, cujo julgamento decorre no Tribunal de Monsanto, em Lisboa.

A informação foi prestada à agência Lusa pelo advogado do arguido, que está a ser julgado por associação criminosa, abuso de confiança, fraude fiscal, burla, corrupção e falsificação de documentos.

José Sócrates deveria ser ouvido a 9 de Janeiro como testemunha e na qualidade de antigo aluno da Universidade Independente.

Segundo o advogado Vítor Parente Ribeiro, à semelhança de outras testemunhas arroladas, o arguido pretendia demonstrar «a sua total inocência nos crimes que lhe são imputados, assim como a qualidade do ensino Ministrado na Universidade Independente».

No entanto, explica o advogado, nos últimos dias, o pedido para que José Sócrates fosse testemunha tem gerado alguma discussão mediática «com alguns sujeitos processuais a tentarem transformar este processo num de cariz político».

«Este processo não tem cariz político ou partidário, nem a referida testemunha é assistente ou arguida, pelo que, a sua audição, teme o arguido, apenas iria servir para desviar as atenções daquilo que efectivamente é discutido», escreve o advogado de Luiz Arouca, Vítor Parente Ribeiro.

O defensor refere ainda que Luíz Arouca «não pode pactuar com esta situação», pelo que apresentou junto do tribunal um requerimento para prescindir da inquirição de José Sócrates.

Entre os principais arguidos do caso UNI, estão o ex-reitor Luís Arouca, o antigo vice-reitor Rui Verde e Amadeu Lima de Carvalho, que são acusados de associação criminosa, abuso de confiança, fraude fiscal, burla, corrupção e falsificação de documentos.

A crise na UNI começou com suspeitas de irregularidades no funcionamento da instituição, tendo-se verificado em Fevereiro de 2007 sucessivas reviravoltas no controlo da instituição e da empresa que a detinha, a SIDES, disputadas por duas facções em litígio.

A instituição foi encerrada compulsivamente a 31 de Outubro de 2007, por decisão do então ministro do Ensino Superior, Mariano Gago.
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