Pai de Maddie está em Portugal

ACTUALIZADA ÀS 21h14

O pai de Madeleine McCann manifestou, esta terça-feira, a intenção de cooperar com as autoridades portuguesas no processo de procura da filha, desaparecida no Algarve em Maio de 2007, acreditando que há passos que ainda podem ser dados na investigação.

«Achamos que há muito boas hipóteses de a Maddie ainda poder ser encontrada viva e de boa saúde e, por isso, queremos que a busca continue. Queremos salientar o nosso desejo de trabalhar com as autoridades tanto quanto for possível», afirmou Gerry McCann, que chegou esta terça-feira a Portugal para uma breve visita de apenas dois dias.

Em entrevista à Lusa, o pai de Maddie disse ter regressado agora a Portugal, pela primeira vez desde Setembro de 2007, quando foi constituído arguido juntamente com a mulher, para discutir com o seu advogado, Rogério Alves, a melhor forma de colaborar com as autoridades portuguesas no sentido de «explorar passos que ainda não foram dados e que poderão fazer a diferença».

Gerry pode regressar já em Fevereiro

Para isso, adiantou, é importante analisar o processo e toda a investigação desenvolvida até agora «para não duplicar passos que já tenham sido dados» e também «para não desperdiçar recursos».

«É a primeira visita a Portugal, mas espero que seja a primeira de muitas ao longo dos próximos meses (¿) O objectivo é ver o que ainda pode ser feito na procura de Maddie», afirmou, adiantando que poderá regressar já em Fevereiro.

Segundo Gerry McCann, a polícia britânica e polícias de vários outros países continuam a receber «informações de diferentes fontes» sobre o que terá acontecido a Madeleine, assim como relatos de «possíveis avistamentos».

Processos? Para já, não

«Como todos os pais de crianças desaparecidas, queremos que qualquer informação seja investigada», frisou o pai de Maddie, que hoje se reuniu com o seu advogado e também com representantes da embaixada inglesa em Portugal.

Gerry McCann afirmou ainda não ter intenção, pelo menos para já, de avançar com processos judiciais contra o Estado português ou qualquer outra entidade, nomeadamente meios de comunicação social, salientando querer «andar para a frente e não para trás».

«Quero deixar completamente claro que o que aconteceu no passado já lá vai e queremos muito focar-nos no que ainda pode ser feito para continuar a busca. Essa é a nossa prioridade e sempre foi. Portanto, essas coisas [possíveis processos judiciais] não são simplesmente relevantes neste momento», afirmou.